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Plantas de cobertura rendem economia de até US$ 200 por hectare

Menor necessidade de uso de fertilizantes e defensivos



A utilização de plantas de cobertura no sistema soja-milho-algodão pode representar uma economia de até US$ 200 por hectare, de acordo com a Embrapa. A vantagem financeira viria através da menor necessidade de uso de fertilizantes, através de um manejo com matéria orgânica incorporada, reduzindo a introdução de nutrientes e melhorando o perfil do solo.

“Durante o crescimento das plantas de cobertura, elas competem com as plantas invasoras. Possuem também o chamado efeito alelopático, produzindo substâncias químicas desfavoráveis ao desenvolvimento das plantas daninhas”, explica o pesquisador da Embrapa Algodão, Alexandre Cunha de Barcellos Ferreira.

O pesquisador acrescenta que as plantas de cobertura também auxiliam no manejo de pragas: “Algumas plantas de cobertura vem a colaborar com o sistema soja-milho-algodão, diminuindo esses problemas e auxiliando no manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas. Tudo isso acaba contribuindo para reduzir o uso de defensivos”, diz.

“Como as plantas de cobertura se desenvolvem num período de maior deficiência hídrica (período de março a junho), as raízes tendem a se aprofundar para buscar água e as raízes absorvem nutrientes, acumulam na matéria seca e depois quando se desseca e planta algodão, soja ou milho, essas culturas podem utilizar o nitrogênio da palha residual”, complementa. 

No entanto, uma das razões apontadas para a prática não ser tão utilizada é que os custos chegariam a US$ 100 por hectare. Nesse sentido, o consultor Eleusio Curvelo argumenta que “basta matemática simples para comprovar as vantagens da técnica, que promove uma economia de US$ 300 por hectare com insumos e manejo do solo”.

Curvelo foi o coordenador científico do 11º Congresso Brasileiro do Algodão, que foi realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) com apoio científico da Embrapa em Maceió (AL), onde esse tema foi debatido. Apesar da vantagem financeira, estima-se que apenas 30% dos cotonicultores do Brasil adotam a prática.

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