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Plantio de fumo cai 10% no Sul do país

A área de cultivo de fumo nos Estados de Santa Catarina, Paraná e no Rio Grande do Sul diminuirá em torno de 10% na safra 2007/2008


A área de cultivo de fumo nos Estados de Santa Catarina, Paraná e no Rio Grande do Sul diminuirá em torno de 10% na safra 2007/2008, na comparação com a safra 2006/2007. A projeção é do gerente técnico do Departamento de Mutualidade da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Iraldo Backes, com base em informações de plantadores e dados das indústrias.

A área de plantio deve passar de 357 mil hectares, da safra 2006/2007 (que ainda não foi integralmente comercializada), para em torno de 330 mil hectares. O Inverno rigoroso deste ano atrasou o transplante das mudas e, por isso, apenas 10% dos produtores realizaram esta etapa.

Backes afirma que a redução da área plantada nada tem a ver com a Convenção Quadro, tratado internacional no qual os países signatários se comprometem a estabelecer medidas de controle do tabaco. Ele disse que os produtores chegaram à conclusão que é preciso plantar menos, mas com melhor qualidade, para melhorar a produtividade e os lucros.

Um outro motivo é que, com a manutenção da mesma tabela de preço, muitos fumicultores ficaram desestimulados e optaram por outras culturas, como o caso da cebola, na região do Alto Vale do Itajaí. O quadro da fumicultura no Sul do Brasil está mudando, de acordo com Backes.

Além de reduzir a área plantada, os produtores estão readequando o seu módulo à mão-de-obra familiar disponível e à capacidade de cura de suas estufas. "Isso é importante, porque não adianta plantar mais do que realmente ele consegue. O tabaco acaba perdendo a qualidade", assinalou o gerente-técnico.

Ele adiantou que, nas partes baixas, o transplante das mudas está mais adiantado em relação às regiões de serra ou planalto. A previsão é que o trabalho seja totalmente concluído durante o mês de outubro.

Produtor mantém área para pagar as contas:

O fumicultor Valdemar Schelter, de Rio do Sul, manterá a área de seis hectares na safra 2007/2008. Ao todo serão 100 mil pés de tabaco, com expectativa de colher em torno de 13,5 mil toneladas, dependendo das condições climáticas. Até o momento, apenas 40% das mudas foram transplantadas nas imediações da margem do Rio Itajaí-Açu, no bairro Bom Fim.

Apesar da remuneração recebida na comercialização da safra 2006/2007 não ter sido a esperada, em razão dos critérios adotados no momento da classificação, Valdemar acha que o fumo ainda é economicamente viável. "De todas as culturas, o fumo é a menos pior, dando condições para a gente pagar as contas", afirma o fumicultor.

O produtor enumerou como vantagens a compra de toda a safra pelas indústrias, preço garantido, pagamento do frete e recebimento em três dias depois da entrega. Os fumicultores também têm opção de fazer seguro contra granizo e destelhamento de estufas de secagem.

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