O cultivo de trigo aumenta no Estado de São Paulo e poderá atingir 20%, chegando próximo aos 45 mil hectares, em comparação ao ano passado. Dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA), divulgaram que em 2002 a oferta de sementes da secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento foi suficiente para o plantio de 60% da área cultivada, sendo o restante suprido por sementes importadas e de outros estados, principalmente do Paraná.
Além da semente do trigo, cresceu também a disponibilidade de sementes de triticale, um cereal com boa perspectiva de mercado, já que substitui o milho na indústria de ração animal. O restabelecimento do mercado começou em 1999, com a desvalorização do Real, devolvendo ao produto nacional a competitividade diante dos importados, que dominavam o mercado desde 1991, quando ocorreu a privatização da comercialização e reajuste dos subsídios.
Com o aumento da arrecadação, mantido este ano, a perspectiva de crescimento da área nacional cultivada é de 13%, o que representa 2,3 milhões de hectares, segundo pesquisa de intenção de plantio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A expansão da área cultivada é prevista para todas as regiões produtoras, principalmente no Paraná, onde espera-se aumento de 14,5%.
Os problemas econômicos fizeram a Argentina, que exporta 70% do trigo consumido anualmente no Brasil, reduzir sua área plantada em 16% até dezembro. Essa situação fez com que parte dos compradores brasileiros procurassem novos mercados, dando margem ao crescimento interno.