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Polinização de abelhas poderá agregar valor a propriedades rurais

Fepagro tem projeto de pesquisa sobre a polinização na canola


Fepagro tem projeto de pesquisa sobre a polinização na canola
 
O incentivo à polinização das abelhas por produtores rurais poderá passar a agregar valor econômico às propriedades, conforme modelo defendido pelas Organizações das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). As estratégias para valoração econômica da polinização na agricultura comercial foram debatidas em Brasília durante reunião de avaliação do projeto “Conservação e Manejo de Polinizadores para Agricultura Sustentável por meio de uma Abordagem Ecossistêmica”, promovido pela FAO e integrado pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro).

Durante o evento, também foram apresentados os resultados preliminares da pesquisa de monitoramento da polinização da canola, da qual faz parte a Fepagro, em conjunto com a Pontifícia Universidade Católica (PUCRS) e a Universidade de Caxias do Sul (UCS). As primeiras conclusões da pesquisa, realizada em Guarani das Missões, apontam para uma relação estreita entre a produtividade da cultura da canola e a densidade de polinizadores nas propriedades. Esse resultado pode estar relacionado aos percentuais de fragmentos de matas nas propriedades rurais estudadas.

O aumento do valor das propriedades rurais que incentivem a ação das abelhas, através de medidas práticas como, por exemplo, a manutenção de áreas de mata, foi tema de um workshop com especialistas da Argentina, da África do Sul, da França e do Reino Unido, além da representante da FAO, Nadine Azzu. “A ideia é estabelecer um valor financeiro para os serviços dos polinizadores (Serviços do Ecossistema) em culturas agrícolas”, explica Sídia Witter, pesquisadora da Fepagro que participou do encontro.

Além da canola, alvo de pesquisa no Rio Grande do Sul, o projeto das Nações Unidas também engloba o estudo da polinização em outras seis culturas agrícolas no Brasil: algodão, caju, castanha, maçã, melão e tomate. O trabalho dos pesquisadores iniciou em dezembro de 2010, com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e posteriormente, sendo encampado pela FAO. Os resultados finais do projeto devem ser apresentados no final de 2012. A reunião em Brasília ocorreu entre os dias 27 e 30 de março, no Centro de Convenções Israel Pinheiro.

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