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Políticos dos EUA ameaçam tirar financiamento do IARC 

Órgão desencadeou polêmica ao classificar glifosato como cancerígeno


Políticos do Partido Republicano dos Estados Unidos estão ameaçando retirar o financiamento da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) da Organização das Nações Unidas (ONU), após o órgão classificar o herbicida glifosato como carcinogênico. Os legisladores norte-americanos estão questionando a integridade científica da organização, a partir da Lei de Apropriações de Trabalho, Saúde e Serviços Humanos. 

A Câmara dos Deputados pedia que o IARC apresentasse um relatório ao Comitê da Câmara sobre Ciência, Espaço e Tecnologia, delineando uma série de mudanças na forma como conduz avaliações para seu Programa de Monografias. Nesse programa a instituição examina o potencial de carcinogenicidade das substâncias 

Nesse cenário, a legislação impôs que o Instituto Nacional de Saúde (NIH) parasse de financiar o IARC até que o relatório fosse submetido e revisado pelo Comitê da Câmara. De acordo com as informações, o Instituto forneceu aproximadamente US$ 48 milhões para bancar pesquisas do IARC desde 1985, sendo que quase a metade desse valor era destinado ao Programa de Monografias. 

Os deputados republicanos que compõem o Comitê criticaram veementemente a postura do IARC sobre o caso, alegando que a instituição não apresentou base científica suficiente para sustentar os seus argumentos. Além disso, afirmaram que o IARC publicou uma decisão que vai contra todos os outros estudos que estão sendo produzidos sobre o glifosato. 

Os ambientalistas alegaram que a decisão do Comitê se caracteriza como uma “série de tarefas politicamente motivadas destinadas a interferir na ciência objetiva" e para atrapalhar o trabalho da Agência.

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