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Polo Ervateiro Nordeste Gaúcho é foco do Seminário Gaúcho para Produção de Erva-mate

O evento foi realizado nesta sexta-feira (07/05) e transmitido pelo canal do Rio Grande Rural no YouTube


Foto: Marcel Oliveira

O Seminário Gaúcho sobre a Produção de Erva-mate trouxe para conhecimento do público dois importantes assuntos, as informações sobre o diagnóstico nutricional dos ervais, percepções e parecer dos ervais do Polo Ervateiro Nordeste Gaúcho e sobre as mudas de erva-mate para plantios uniformes e de alta produtividade. O evento foi realizado nesta sexta-feira (07/05) e transmitido pelo canal do Rio Grande Rural no YouTube. Esse é o terceiro de uma série de eventos online sobre o assunto e integra as ações do Programa Gaúcho Para a Qualidade e a Valorização da Erva-Mate, que é um programa de Estado, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), coordenado e executado pela Emater/RS-Ascar.

O objetivo do Seminário, que abrange os cinco polos ervateiros do Rio Grande do Sul, é aumentar e qualificar a produtividade da erva-mate nas regiões produtoras e no Estado.  Para o presidente da Emater/RS, Geraldo Sandri, que fez a abertura do evento, trata-se de uma cultura muito importante para o Estado e está no escopo das políticas públicas. “É uma cadeia produtiva ampla, que vai muito além do chimarrão e traz renda e qualidade de vida aos produtores”, destacou. Também participou da abertura o engenheiro florestal do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Seapdr, Jackson Freitas. O seminário teve como moderador o engenheiro florestal e extensionista da Emater/RS-Ascar, Antônio Borba.

O engenheiro agrônomo e extensionista rural da Emater/RS-Ascar de Machadinho, Bruno Ernesto Menegussi, apresentou a síntese do diagnostico nutricional dos ervais do polo ervateiro nordeste gaúcho e fez uma contextualização do polo. Ele reforçou a presença do turismo rural em função das águas termais da região, a importância da erva-mate na sucessão familiar rural, a qualidade genética que o polo apresenta, principalmente em virtude da cultivar Cambona 4 e destacou a produção em sistemas agroflorestais.

Menegussi explicou que foram feitas amostragens em 21 ervais, abrangendo seis municípios, em uma área de 208 hectares, o que equivale a aproximadamente 20% da área de ervais do polo. A produtividade média das amostras esteve em 746 arrobas, sendo superior aquela que é a média do polo, segundo os dados do IBGE.

“Consideramos a boa resposta da erva-mate à adubação, principalmente adubação orgânica, temos ótimos resultados e o produtor pode explorar melhor isso. Também, a fertilidade deve andar junto com a análise foliar, para que a gente consiga entender a extração desses nutrientes pela planta, que é bastante variável, que ocorre de acordo com manejo, a cultivar, o sistema de produção e a adubação verde”, avaliou.

Sobre as mudas de erva-mate para plantios uniformes e de alta produtividade o engenheiro agrônomo e extensionista Ilvandro Barreto de Melo ressaltou que a responsabilidade de formar ervais uniformes e com alta produtividade é compartilhada entre o viveirista (produtor de mudas) e o produtor que faz a implantação do erval.

Segundo Melo, na produção de mudas não há mais espaço para amadorismo. “A produção de mudas precisa ser feita com caráter profissional. A muda que vai para o campo, não sendo boa, vai comprometer todo o restante da vida do erval e sua produção”.

Como constituir um viveiro, aspectos legais, a infraestrutura necessária, genética das plantas, manejo, entre outros aspectos como sanidade, semeadura e tratamento foram tratados pelo agrônomo. “Depois da muda pronta, o processo de rustificação, a adaptação das mudas no viveiro também é importante, para que quando ela vá a campo, não encontre situação tão diferente que venha a atrapalhar seu desenvolvimento. É preciso preparar a muda no viveiro para o que ela vai encontrar no campo, para evitar o impacto”, explicou.

No encerramento, o gerente regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo Oriberto Adami salientou a longa caminhada do trabalho com erva-mate na região e parabenizou o engajamento de todos os segmentos, como produtores, indústria e pesquisa, além da Extensão Rural. Ele frisou a organização e a evolução, em especial a sanitária, com as ações de boas práticas de fabricação junto aos produtores e indústrias. “É um setor que gera emprego no campo e qualidade de vida”, finalizou, convidando para o próximo evento que será no dia 14 de maio, envolvendo o Polo Ervateiro Missões Celeiro, também transmitido pelo youtube.com/ematerrs.

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