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Por dentro da safra: frio nos fez adiar o início do plantio

Vamos aguardar para ver o que ocorre nos próximos dias, se haverá geada e mais frio, para então nos programarmos


Foto: Marcel Oliveira

Nesta semana iríamos iniciar o plantio de tabaco, como inclusive comentei na coluna anterior. Mas o frio intenso e o vento Minuano forte que se registrou em toda a região no domingo e ontem fizeram com que a gente mudasse os planos. Vamos aguardar para ver o que ocorre nos próximos dias, se haverá geada e mais frio, para então nos programarmos. Por ora, estamos em compasso de espera, sem coragem de definir uma data para o transplante.

O risco de levar as mudas para a lavoura com frio tão intenso é muito grande. Como, aliás, puderam constatar muitas famílias que fizeram o plantio nos últimos dias e não levaram em conta a previsão do tempo. Por isso, a gente sempre insiste que é preciso reparar na meteorologia. O frio e a geada podem colocar a perder todo o início da nova safra em questão de dias ou até horas.

Produtor de tabaco e especialista em facas

Estamos com a terra preparada para o plantio, e com as mudas no ponto ideal, apenas aguardando pelo clima propício para o transplante. Enquanto isso, ontem eu e meu colega Alan Toigo, da página Fumicultores do Brasil, visitamos duas propriedades em Venâncio Aires. Primeiro conversamos com o casal Gustavo Bohn, 33 anos, e Andréa Ferreira, 28, que estão comigo na foto acima. São pais do Augusto Mathias Bohn, 5, que ontem estava na aula. Como essa região, na Linha Rincão de Souza, permite, porque se forma geada mais leve, plantaram há um mês. Cultivam 35 mil, além de produtos de subsistência, e a colheita costuma estar concluída no início de dezembro. Possuem 13 hectares, dos quais 11 de mata nativa, com destaque para grande número de abacateiros, com muitas frutas. Além do tabaco, Gustavo especializou-se em produzir facas artesanais, com as quais aparece na foto. Por ano, fabrica cerca de 150 unidades, que vão para o Brasil todo, e até para a Alemanha e os Estados Unidos.

Aqui a primeira dose de salitre já foi aplicada

Depois eu e o Alan fomos a Linha Hansel para visitar o casal Marcelo Luis Ruppenthal, 30, e Denise Beatriz Lause Ruppenthal, 30, que também antecipou o plantio de tabaco. Eles iniciaram o transplante no começo de junho, como a Gazeta do Sul inclusive mostrou em matérias. Na foto acima, o casal está comigo junto a uma das lavouras, que se desenvolve bem. Plantaram 50 mil, metade em junho e metade em julho, e já aplicaram a primeira dose de salitre, devendo salitrar a segunda parcela nos próximos dias. No caso deles, a colheita também estará concluída no fim de novembro, início de dezembro. Mas é sempre bom lembrar que a região deles possibilita antecipar o plantio, porque ali a geada não é tão forte.

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