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Por que a aproximação da Primavera pode causar tempestades?

uitas vezes essas tempestades são acompanhadas de altos volumes de chuvas, muita atividade elétrica, vendavais, queda de granizo e até mesmo a formação de tornados


Foto: Divulgação

Com a aproximação da primavera, fica cada vez mais comum a formação de tempestades típicas da época do ano. Muitas vezes essas tempestades são acompanhadas de altos volumes de chuvas, muita atividade elétrica, vendavais, queda de granizo e até mesmo a formação de tornados. Os tornados, por sua vez, são relativamente comuns no país, eles acontecem com maior frequência na região sul e na região norte e nordeste, nessas duas regiões são geralmente na forma de trombas d’água.

De acordo com o levantamento realizado na Plataforma de Registros e Rede Voluntária de Observadores de Tempestades Severas (PREVOTS), no ano de 2020 foram registradas 6743 ocorrências no total. Sendo 3311 de rajada de vento (45 destas medidas > 100 km/h), 3357 de granizo (177 destes > 4 cm de diâmetro) e 75 tornados (o que inclui trombas d'água)

Para avaliar o potencial grau de severidade de tempestades, foram desenvolvidos, através de observações, índices que podem medir o quão intenso essas instabilidades são. Esses índices, assim como a própria instabilidade atmosférica, envolvem mudanças de temperatura e umidade através da altura. Esses dados são coletados através de balões atmosféricos, que basicamente é um grande balão de um gás mais leve que o ar, que leva consigo uma pequena sonda que capta os dados de temperatura e umidade, e os transmite para uma estação de recepção. 

A partir dessas observações, foram criadas as equações dos índices de instabilidade e assim incorporadas aos modelos matemáticos de previsão do tempo. Deste modo, os meteorologistas conseguem analisar estes índices baseados em uma simulação da atmosfera para o tempo futuro. 

Fonte: NOAA

Os efeitos da instabilidade atmosférica em condições úmidas favorecem o desenvolvimento de tempestades, já em ambientes mais secos, causam os redemoinhos de poeira, e até mesmo os redemoinhos de fogo, como os registrados nos últimas semanas no interior de MG.

Um dos índices mais comuns para avaliar o grau de instabilidade é a energia potencial disponível para convecção comumente visto com a sigla, em inglês, CAPE. Este índice mede o quanto de energia existe no ambiente para levantar 1 kg de ar em toda a coluna da atmosfera. E de acordo com estes valores, foram criadas tabelas de instabilidade, de acordo com as observações.

Outro índice bastante utilizado é o índice de levantamento, representado com a sigla LI, que é uma medida da diferença entre a temperatura de uma massa de ar elevada a 5 km e a temperatura ambiente a 5 km de altitude. Assim, quanto maior for a diferença negativa, ou seja maior é a temperatura da massa de ar em relação ao ambiente, maior será o potencial grau de instabilidade. E assim como o CAPE, existe uma tabela com os valores com os do potencial de instabilidade:

Estes dois são apenas alguns dos diversos índices avaliados durante a previsão do tempo realizada por um meteorologista, além dos índices é avaliado o comportamento dos ventos, padrões de pressão, entre outros fatores. Contudo, os índices de instabilidade atmosférica são excelentes indicativos das condições para formação de tempestades e até mesmo de tempo severo, especialmente quando mais de um dos valores indicam condições favoráveis para instabilidades.

Material exclusivo e elaborado pela equipe Agrotempo.

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