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Porto de Santos na liderança

Cerca de 61% dos grãos saíram do litoral paulista com destino à Ásia e Europa


Pouco mais de 61% das exportações dos grãos saíram do litoral paulista com destino à Ásia e Europa


O porto de Santos (SP) se manteve na liderança das exportações de soja e milho de Mato Grosso. Somente no primeiro quadrimestre deste ano, as exportações dos grãos, via o porto, totalizaram 3,13 milhões de toneladas, ou seja, 61,36% do total embarcado no período, considerando outros portos de embarque. O porto de Manaus (AM) respondeu por 715,29 mil toneladas, seguido de Paranaguá (PR), com 343,26 mil toneladas, Vitória (ES), com 212,99 mil toneladas e, Santarém (PA), 270,39 mil toneladas.

A soja foi o produto com o maior volume embarcado no período de janeiro a abril de 2011, com 3,23 milhões de toneladas. Desse total, 2,07 milhões de toneladas saíram pelo porto de Santos, vindo a seguir Paranaguá (343,27 mil toneladas), Manaus (274,80 mil toneladas), Vitória (212,99 mil toneladas) e, Santarém, 212,50 mil toneladas. O porto de São Francisco do Sul (SC) participou com 62,80 mil toneladas e, São Luiz (MA), 50,71 mil toneladas.

Os cinco principais destinos da soja de Mato Grosso este ano foram a China, com 2,11 milhões de toneladas, Holanda (216,41 mil toneladas), Espanha (175,00 mil toneladas), Reino Unido (158,64 mil toneladas) e Noruega (122,46 mil toneladas).

Já as exportações de milho fecharam em 1,88 milhão de toneladas no primeiro quadrimestre, destaque para o porto de Santos, com 1,06 milhão de toneladas, seguido de Manaus (440,49 mil toneladas), 172,58 mil toneladas), Paranaguá (110,33 mil toneladas) e, Santarém, 57,89 mil toneladas. Outros portos que também embarcaram o milho mato-grossense: São Francisco do Sul (SC), com 36,82 mil toneladas, Assis (AC), 563 toneladas, Cáceres (428 toneladas) e Guajará Mirim (RO), 282 toneladas.

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as exportações mato-grossenses de milho dos últimos 10 meses (junho de 2010 a abril passado) superaram as exportações de todos os mesmos períodos anteriores. O Estado originou 7,1 milhões de toneladas, representativo de 84,5% de sua produção da safra 09/10 e 62% das exportações brasileiras de milho.

O Irã foi o país que mais comprou o milho mato-grossense em 2011. Das 1,88 milhão de toneladas embarcadas no primeiro quadrimestre, o país importou 417,09 mil toneladas, seguido da Espanha, com 232,51 mil toneladas, Malásia (164,57 mil toneladas), Marrocos (80,65 mil toneladas e Colômbia (47,69 mil toneladas). (Veja quadro)

EXPANSÃO - Graças à segunda safra de Mato Grosso, a exportação brasileira de milho no primeiro trimestre deste ano foi a maior da série histórica. “Um dos fatores que levaram grande parte do milho à exportação foi o escoamento propiciado pelos leilões de PEP e Pepro do governo federal, realizados no final de 2010, e que permitiram a movimentação das cargas pelos portos do Norte, acarretando grandes despachos por estas vias nos três primeiros meses de 2011”, avalia o Imea.

Com a conclusão da pavimentação da BR-163, tendência é de que Mato Grosso passe a escoar grande parte de sua produção via Santarém. O porto, atualmente, está com uma pequena estrutura para exportação. Para se ter uma idéia, utiliza-se hoje apenas 50% da sua capacidade em função da falta de estrutura, vias de acesso precárias e problemas de trânsito. Com as obras de ampliação e o fim dessas deficiências, o porto deverá receber cerca de 10 milhões de toneladas de soja já a partir do ciclo 2011/2012, transformando-se na melhor opção de embarque para os produtores.

De acordo com estudos, a rota Cuiabá-Santarém vai reduzir em até US$ 40 o custo do frete por tonelada de soja transportada, em relação ao que se paga atualmente pelo escoamento do produto via Santos (SP) e Paranaguá (PR). No caso da região Norte do Estado, por exemplo, o custo do frete aos portos exportadores chega a até US$ 140 por tonelada de soja. Por Santarém, este custo poderia ser reduzido em até 28,58%, garantindo maior competitividade aos grãos produzidos em Mato Grosso. Os produtores acreditam que Santarém se tornará a melhor opção de escoamento, a partir da pavimentação da BR-163 e da reestruturação do porto, com a ampliação do sistema de embarque até 2012.

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