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Porto em Rondônia escoa 15% de soja produzida em Mato Grosso

Estado envia pouco mais de três milhões de toneladas de soja


Estado envia pouco mais de três milhões de toneladas de soja
 
Pouco mais de três milhões de toneladas de soja que saem de Mato Grosso ganham como destino o mercado internacional por meio do porto instalado na capital do estado de Rondônia, em Porto Velho. O volume representa cerca de 15% da produção total da oleaginosa no estado, segundo explica José Rezende da Silva, coordenador da Comissão de Logística e Estratégias de Desenvolvimento da Associação dos Produtores de Milho de Mato Grosso (Aprosoja).

A unidade é opção para escoamento da produção principalmente de municípios na faixa Oeste de Mato Grosso porque está mais próxima do estado vizinho. "Este porto é muito útil ao estado, também desafoga as rodovias do Sul do país e reduz a pressão de caminhões nas estradas", frisou Rezende.

Na quarta-feira (3), representantes da Aprosoja Mato Grosso, ao lado de membros da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato) e sindicatos rurais visitaram a unidade portuária no último dia do Estradeiro Aprosoja.

Somente uma das empresas que operam no Porto com transporte de grãos, a Hermagi, recebe em torno de dois milhões de toneladas de soja dos produtores mato-grossenses. "Este porto é também principal rota de escoamento para os produtos da zona franca de Manaus. Não somente importante para os grãos, mas para os demais itens", analisou o coordenador da comissão.

A soja que chega ao porto ganha destino quando embarcada em barcaças que navegam no rio Madeira. De Porto Velho a Itaquatiara (Amazonas), são pelo menos três dias de viagem com a soja, explica Márcia Santos, supervisora administrativa da Hermasa. Somente em 2011, a empresa movimentou 2,5 milhões de toneladas de grãos. "Nossa capacidade diária para carregamento é de mil toneladas hora no porto", destacou.

Rogério Romanini, diretor de Relações Institucionais do Sistema Famato Mato Grosso, diz que o porto é opção para escoamento da safra de grãos na unidade federada, especialmente para os agricultores que produzem na região da divisa com o estado de Rondônia. "O porto estimula a competitividade do produtor e desenvolve a [o modal] hidrovia. Este é um meio de transporte barato. Mas o calcanhar do produtor ainda é a logística", frisou Romanini.

O desafio ainda é garantir condições de escoamento da safra até o Porto, a exemplo de boas estradas. Para chegar até a unidade portuária, motoristas precisam percorrer a BR-364. O alto número de buracos, especialmente na área de Rondônia, atrasa a viagem e onera custos com frete. "Os investimentos em logística poderiam ampliar em 30% nossa produção de grãos especialmente nas áreas não utilizadas. Hoje se produz, mas não tem como tirar a produção", destacou Romanini.

Logística em foco
Em 2012, entidades do setor produtivo elegeram como meta o tema logística, a exemplo da Aprosoja. O objetivo é mapear a real condição do escoamento de grãos em Mato Grosso até os portos brasileiros, passando por estradas.

A associação, ao lado da Famato e Sindicatos Rurais já percorreu na semana mais de 2 mil quilômetros entre Cuiabá (MT) e Porto Velho (RO) para averiguar a malha viária.

O diagnóstico vai munir órgãos do Governo Federal como DNIT e Ministério dos Transportes na elaboração de políticas para o setor produtivo.

* o jornalista viajou a convite da Aprosoja

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