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Porto no Amapá não deve reduzir custos para produtor mato-grossense, diz diretor do Pró-Logística

Atualmente o Estado possui 1 milhão de hectares do cerrado, dos quais 400 mil tem aptidão agrícola 


Atualmente o Estado possui 1 milhão de hectares do cerrado, dos quais 400 mil tem aptidão agrícola 

Na última semana, o Porto de Santana, no Amapá, registrou a primeira exportação de soja. O embarque levou cerca de 25 mil toneladas do produto, partindo do porto da Companhia Docas de Santana para Rotterdam, na Holanda. O projeto logístico foi desenvolvido principalmente para atender o escoamento da produção da região Norte de Mato Grosso.

Para o diretor do movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, no entanto, a nova opção não deverá refletir em diminuição de custos para o produtor mato-grossense. “A mesma operação que será feita por Santana é feita, atualmente, por Santarém (PA). Abre-se uma nova possibilidade com alguns serviços diferenciais, como exportação direta”, explicou.

Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja do Amapá (Aprosoja), Daniel Sebben, no entanto, a possibilidade escoar via Santa pode, sim, trazer mudanças para Mato Grosso. Isso porque o Estado possui uma janela de produção diferente de outras regiões, cultivando a soja entre março e abril, para realizar a colheita entre os meses de julho e agosto. Porém, "com o funcionamento do Porto abre-se também a possibilidade de fazer safra e safrinha no estado", acrescenta Sebben.

O complexo logístico terá capacidade para exportar 1,5 milhão de toneladas, inicialmente. O Amapá tem uma recente produção da oleaginosa que começou em 2012 em uma área de 2 mil hectares que se expandiu para 14 mil na safra 2015/16. Atualmente o Estado possui 1 milhão de hectares do cerrado, dos quais [segundo Embrapa] 400 mil tem aptidão agrícola. 

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