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Porto Real/RJ oferece vacinação gratuita para todo o rebanho

O diferencial da campanha, porém, reside no fato de o governo municipal oferecer os quatro tipos de vacinação de forma gratuita desde 2005


A prefeitura de Porto Real segue até o final do mês com a campanha de vacinação das mais de sete mil cabeças de gado do município, com o objetivo de evitar doenças como a febre aftosa, brucelose, leptospirose e raiva dos herbívoros. O diferencial da campanha, porém, reside no fato de o governo municipal oferecer os quatro tipos de vacinação de forma gratuita desde 2005. De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura, Porto Real seria a única cidade do estado a fazer toda a campanha com as principais vacinas sem ônus para o produtor.


De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento e Planejamento, José Carlos Machado, a prefeitura fornece as vacinas e o vacinador para os 122 produtores rurais do município, apesar de a obrigação ser dos donos do rebanho, que precisam apresentar o atestado de vacinação para a comercialização da carne, leite e seus derivados. Ele destaca os riscos existentes com a falta de prevenção.

- A febre aftosa é um problema de questão econômica, pois casos de contaminação, mesmo que em apenas uma cidade, impedem a exportação em todo o país. Já doenças como a brucelose podem causar esterilidade e problemas de articulação nos seres humanos, enquanto a leptospirose pode levar à morte e a raiva não tem cura - explicou o secretário, lembrando que não se tem notícia, nos últimos anos, de casos das doenças em Porto Real.

Machado reiterou que mesmo possuindo um número relativamente pequeno de cabeças de gado (7.535 unidades), o município não pode afrouxar o controle vacinal.

- É difícil [ter controle]. É uma questão de ação, não de tamanho. Não importa o total de cabeças do rebanho, e sim que a ação seja efetiva - afirmou.

Vacinação agendada

O trabalho desenvolvido há seis anos chegou ao objetivo esperado em 2010, quando a cobertura de vacinação em Porto Real chegou a 100% do rebanho. De acordo com Débora Passos, diretora de Agricultura e Pecuária da prefeitura, a população deve buscar a prevenção na hora de consumir produtos de origem animal.


- Muitas pessoas têm o costume de beber o leite cru e consumir queijo caseiro que é vendido de porta em porta. Consumir produtos de origem segura é a melhor forma de evitar diversas doenças - aconselhou.

O grupo responsável pela vacinação conta com cinco pessoas, entre veterinários, vacinadores e auxiliares, sempre de segunda à sexta.

- Sempre fazemos o agendamento antecipado para que o dono do rebanho possa fazer a preparação. As visitas são feitas na parte da manhã ou no final da tarde para que o animal não fique estressado - explicou Débora.

A diretora ressaltou que existe por parte da equipe o cuidado de evitar um acidente vacinal que possa prejudicar o rebanho, majoritariamente de corte na cidade. Ela lembrou, ainda, que a vacina contra a brucelose é aplicada exclusivamente em fêmeas entre três e oito meses de idade.

Tranquilidade para o produtor

Gualtem Jorge Rodrigues, de 33 anos, trabalha com produção de leite há 15 anos e possui um total de 14 vacas. Seu produto é vendido para uma cooperativa de Barra Mansa que sempre cobra a documentação regularizada da vacinação.

- A campanha da prefeitura oferece uma maior tranquilidade para nós, que não precisamos nos preocupar em comprar as vacinas e contratar mão de obra para o procedimento. Não precisamos sequer procurar pelos responsáveis pela vacinação, eles vêm até a gente. A cooperativa sempre cobra os documentos, querem sempre o papel na mão - declarou.

Ele afirmou que a vacinação gratuita tornou mais fácil a venda do produto, além de ampliar o mercado para os produtores.

- Quem nos procurar vai ver que estamos dentro da lei, isso facilita nossa vida - concluiu.

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