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Pouco apetite chinês derruba soja brasileira

Além disso, os prêmios nos portos brasileiros caíram em média 7 pontos


Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a quarta-feira (10.04) com preços médios da soja sobre rodas nos portos caindo 0,43% - mesma baixa registrada no interior do País. Contribuiu para esta nova queda a forte queda de 0,78% do dólar, que superou a alta de 0,36% em Chicago. 

Além disso, os prêmios nos portos brasileiros caíram em média 7 pontos nesta data, com maio fechando a 33, junho a 28, julho a 40 e agosto a 37. “Então, nada deu suporte à recuperação do preço da soja. O preço da soja brasileira está barata para a China e, mesmo assim, a demanda está fraca”, explica o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica. 

Com isto, as perdas da oleaginosa nos preços de exportação em abril foram de 1,38% e no interior foram de 0,88% até este momento. “Há que se notar a retração da demanda chinesa, que compra um pouco nos EUA (para mostrar boa vontade nas discussões bilaterais, mas sem muito apetite, para não elevar demasiado os preços) e um pouco no Brasil, para se abastecer. Mas também sem o mesmo apetite dos outros anos, devido à redução do seu rebanho suíno, por isso os prêmios são menores e sobra soja nos portos brasileiros”, complementa Pacheco.

“Uma evidência disto é que os prêmios da Argentina estão 32 cents abaixo dos prêmios da soja brasileira e, mesmo assim, não atraem a demanda chinesa, segundo nos disse hoje um Trader argentino. O mercado de Paper em Paranaguá atingiu o seu nível mais baixo nesta quarta-feira a 27 acima, apenas (contra 47 de uma semana atrás)”, conclui o analista da T&F.

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