PR: Colheitadeiras começam a trabalhar, mas safra frustra agricultores
A esperança fica com o milho safrinha
Desde o início da semana, as colheitadeiras trabalham de forma ininterrupta em fazendas de Ivatuba, São Jorge do Ivaí, Floraí, Itambé e Floresta. A pressa é para retirar a soja de variedades precoces ou a que foi semeada mais cedo para dar lugar ao plantio do milho safrinha na esperança de que o grão esteja no ponto de colheita antes da ocorrência de geadas ou de estiagem prolongada.
Diante da decepção provocada pelo trigo na safra de inverno passada, o agricultor do noroeste do Estado dedicará apenas ao milho safrinha. O mais recente levantamento feito pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), aponta para uma expansão de cerca de 10% na área cultivada com o milho.
Em todo o Paraná, estima-se o plantio de 1,9 milhão de hectares, 10% deles nas trinta cidades da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep). Se o produtor obedecer à risca o georreferenciamento de cada região e o clima colaborar, o Estado deverá colher 9,6 milhões de toneladas de milho.
Com colheitadeiras, caminhões e homens a postos, o produtor rural Valdemir Dolfini esperou até as dez horas de ontem para dar início à colheita da safra 2011-2012 na propriedade da família, em Floresta (a trinta quilômetros de Maringá), onde estão plantados 140 hectares com milho e 500 com soja.
A demora para o início da colheita dos primeiros grãos foi provocada pela alta umidade, apesar de não ter chovido nesta semana. O primeiro caminhão de milho entregue no entreposto da Cocamar em Floresta apurou umidade em torno de 28%, considerada "muito alta", mas nas demais cargas o milho já estava mais enxuto.
Ainda hoje Dolfini inicia o plantio da safrinha na área onde ontem foi retirado o milho da safra de Verão e conforme aumentar a colheita avançará o plantio. A segunda etapa será semeada depois da retirada da soja.
Decepção
Todos os agricultores que começaram a colheita, seja de milho ou de soja, dizem estar decepcionados com os resultados iniciais. A estiagem prolongada de dezembro e janeiro ocorreu justamente quando as variedades precoces granavam, afetando principalmente o ponteiro das plantas.
A soja entregue até ontem nos entrepostos das cooperativas está na média de oitenta sacas por alqueire. O produtor Luiz Palaro, de Floresta, colheu no início da semana a soja de variedade precoce e alcançou apenas 75 sacas por alqueire.
O vizinho dele Dolfini também está certo que a seca reduziu tanto a safra de soja quanto a de milho. "Pelo investimento que fizemos na área plantada com milho, a estimativa era de que seriam colhidas 400 sacas por alqueire, mas, a julgar pelo primeiro dia de colheita, a produtividade deve ficar entre 250 e 300 sacas". Segundo ele, mesmo as variedades mais resistentes foram afetadas pelo sol excessivo.
Dolfini, Palaro e os demais produtores que se decepcionam com o início da colheita mantêm a esperança de recuperação quando começar a colheita da soja mais resistente, que, segundo os produtores, deve ter uma produtividade média na região acima de 120 sacas por alqueire.
Diante da decepção provocada pelo trigo na safra de inverno passada, o agricultor do noroeste do Estado dedicará apenas ao milho safrinha. O mais recente levantamento feito pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), aponta para uma expansão de cerca de 10% na área cultivada com o milho.
Em todo o Paraná, estima-se o plantio de 1,9 milhão de hectares, 10% deles nas trinta cidades da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep). Se o produtor obedecer à risca o georreferenciamento de cada região e o clima colaborar, o Estado deverá colher 9,6 milhões de toneladas de milho.
Com colheitadeiras, caminhões e homens a postos, o produtor rural Valdemir Dolfini esperou até as dez horas de ontem para dar início à colheita da safra 2011-2012 na propriedade da família, em Floresta (a trinta quilômetros de Maringá), onde estão plantados 140 hectares com milho e 500 com soja.
A demora para o início da colheita dos primeiros grãos foi provocada pela alta umidade, apesar de não ter chovido nesta semana. O primeiro caminhão de milho entregue no entreposto da Cocamar em Floresta apurou umidade em torno de 28%, considerada "muito alta", mas nas demais cargas o milho já estava mais enxuto.
Ainda hoje Dolfini inicia o plantio da safrinha na área onde ontem foi retirado o milho da safra de Verão e conforme aumentar a colheita avançará o plantio. A segunda etapa será semeada depois da retirada da soja.
Decepção
Todos os agricultores que começaram a colheita, seja de milho ou de soja, dizem estar decepcionados com os resultados iniciais. A estiagem prolongada de dezembro e janeiro ocorreu justamente quando as variedades precoces granavam, afetando principalmente o ponteiro das plantas.
A soja entregue até ontem nos entrepostos das cooperativas está na média de oitenta sacas por alqueire. O produtor Luiz Palaro, de Floresta, colheu no início da semana a soja de variedade precoce e alcançou apenas 75 sacas por alqueire.
O vizinho dele Dolfini também está certo que a seca reduziu tanto a safra de soja quanto a de milho. "Pelo investimento que fizemos na área plantada com milho, a estimativa era de que seriam colhidas 400 sacas por alqueire, mas, a julgar pelo primeiro dia de colheita, a produtividade deve ficar entre 250 e 300 sacas". Segundo ele, mesmo as variedades mais resistentes foram afetadas pelo sol excessivo.
Dolfini, Palaro e os demais produtores que se decepcionam com o início da colheita mantêm a esperança de recuperação quando começar a colheita da soja mais resistente, que, segundo os produtores, deve ter uma produtividade média na região acima de 120 sacas por alqueire.