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PR é escolhido para sediar os congressos brasileiro e latino-americano de agroecologia

Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, a escolha do Paraná para sediar o evento representa reconhecimento nacional e internacional aos esforços do Estado para ampliar as ações de agroecologia e de agricultura orgânica


O Paraná foi escolhido para sediar o VI Congresso Brasileiro de Agroecologia e do II Congresso Latino-Americano de Agroecologia. Os dois eventos serão realizados em Curitiba, entre 9 e 12 de novembro, e reunirão as principais autoridades em produção agroecológica. O evento vai ocorrer na Universidade Positivo, com a participação de 3 mil pesquisadores, técnicos, cientistas, agricultores e representantes de movimentos sociais de vários países.

Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, a escolha do Paraná para sediar o evento representa reconhecimento nacional e internacional aos esforços do Estado para ampliar as ações de agroecologia e de agricultura orgânica em todas as regiões.

Nesse encontro estarão as lideranças brasileiras e latino-americanas mais respeitadas do setor, como representantes das organizações, governamentais ou não, representantes dos governos federal, estadual e municipais e universidades. “Será o momento de avaliação dos avanços da agricultura agroecológica e quais os desafios que terá pela frente. E ainda de intercâmbio de experiências”, disse o secretário.

ESCOLHA – O Paraná venceu a disputa com outros estados para sediar os dois congressos, que promoverão intercâmbio de informações, experiências e divulgação de pesquisas em agroecologia. Bianchini ressaltou que o Paraná tem sido referência internacional na produção agroecológica. Ele atribui a escolha às ações do governo estadual, como a luta pela valorização da soja convencional e a criação do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), que funciona no Parque Newton Freire Maia, em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. Bianchini acrescentou que também os esforços da extensão rural e da pesquisa em apoiar o cultivo da agricultura orgânica, com a oferta de técnicas e variedades novas, contribuíram para que o Paraná fosse sede dos eventos.

“Como o Paraná é um estado onde predomina a pequena e média propriedade e a agricultura familiar, que tem a preocupação de agregar mais valor à produção, respeitando o meio ambiente, a agroecologia teve boa repercussão junto ao agricultor”, avaliou Bianchini. “Para o estado, é importante que se conheça o que está sendo feito no campo e o que está previsto para o futuro”, acrescentou.

Bianchini ressaltou que a agroecologia ganhou peso no Estado, com a recém-criada Câmara Setorial de Agroecologia e Agricultura Orgânica, que está elaborando um plano estadual para atender as expectativas dos integrantes da cadeia produtiva da agroecologia. “Esperamos dar impulso a esse setor respaldado pelo avanço das pesquisas”, disse.

PRODUÇÃO – Atualmente, o Paraná tem forte presença da produção de legumes e verduras orgânicas nas regiões dos cinturões metropolitanos. E destaca-se também na produção de soja, café, frutas, cachaça, açúcar mascavo e erva-mate. O estado com aproximadamente 5 mil produtores, responsáveis por uma produção de 94 mil toneladas de produtos e a área cultivada atinge 14 mil hectares no Estado.

Para o diretor-presidente do CPRA, Airton Brisolla, a realização do congresso brasileiro e latino-americano no Paraná será uma oportunidade de integração entre instituições e pessoas que trabalham com agroecologia. “Certamente profissionais, pesquisadores, estudantes e representantes dos governos e das ONGs vão se conhecer melhor, vão estabelecer um diálogo de parceiros”, destacou. Para Brisolla é importante repartir esforços para buscar soluções conjuntas para os entraves que retardam e dificultam maior aceitação da agroecologia nos vários setores envolvidos com a produção agrícola e o meio ambiente.

A realização dos dois congressos representa um comprometimento do governo do Paraná com a agenda 21, preconizada na Eco-92, realizada naquele ano no Rio de Janeiro. “Ali se dizia que a agricultura do futuro deveria ser sustentável”, lembrou o diretor do CPRA, Filipe Farhat.

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