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Praga afeta rendimento da lavoura e qualidade do café


O inseto conhecido como broca-do-café (Hypothenemus hampei) é a principal praga da cafeicultura e se encontra disseminada em todas as regiões produtoras do mundo. Ataca os frutos, durante todas fases de maturação, causa danos físicos ao grão que acarretam diminuição da produtividade. A perfuração do fruto permite a entrada de fungos que, por sua vez, prejudicam a qualidade da bebida. Com a globalização do mercado, preços competitivos e padrão de qualidade, principalmente em relação aos aspectos higiênico-sanitários, são fundamentais para a aceitação e recomendação de quaisquer produtos, sobretudo, os que se destinam à alimentação humana.

De acordo com a pesquisadora Marta Hiromi Taniwaki, do Ital, Instituto de Tecnologia de Alimentos, de Campinas, "a presença de fungos produtores de ocratoxina (um tipo de toxina secretada por determinados fungos, muito prejudicial à saúde humana) em larvas da broca-do-café têm sido relatada como uma possível forma de disseminação do fungo no café e tem sido encontrada em algumas amostras do produto industrializado. Como consequência, a União Européia estabeleceu recentemente, uma barreira fito-sanitária para ocratoxina A em café torrado e café solúvel". Nesta segunda-feira (30-11), no período da tarde, a cientista apresentou o trabalho danos causados pela broca-do-café: entrada para os fungos e as toxinas, no Workshop Internacional sobre Manejo da Broca-do-café, que teve início neste domingo (28-11), em Londrina (PR), e encerra nesta quinta-feira.

A promoção e realização o workshop é do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) com o objetivo de divulgar as principais tecnologias de controle da broca-do-café adotada em diversos países. O evento contará com a participação de representantes de todos os setores do agronegócio café e reunirá cientistas reconhecidos internacionalmente.

"Durante quatro dias, os especialistas terão oportunidade para fomentar e aprofundar discussões, visando a criação de ações estratégicas, que possam ser viabilizadas em projetos cooperativos internacionais, para otimizar o manejo e buscar alternativas eficientes, ecológicas e economicamente viáveis para controlar a praga", afirma o entomologista Amador Villacorta Mosquera, coordenador do evento. As informações são da assessoria de imprensa do Iapar.

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