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Pragas podem trazer prejuízos a sementes e grãos armazenados de soja

O besouro da espécie Lasioderma Serricorne é o que apresenta maior potencial de dano


Levantamento realizado pela Embrapa Soja, em 2008 e 2009, revela que a quantidade de pragas presentes em unidades armazenadoras de grãos e de sementes, que anteriormente não causavam danos à soja, começam a aumentar e tendem a causar prejuízos. O resultado da pesquisa foi apresentado nesta quarta-feira, dia 11, durante a XXXI Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central do Brasil (RPSRCB).

O pesquisador Irineu Lorini, da Embrapa Soja, diz que já foram identificadas oito espécies de besouros e traças em unidades que armazenam soja no Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Mato Grosso. A pesquisa mostrou que o besouro da espécie Lasioderma Serricorne é o que apresenta maior potencial de dano. “Este besouro fura o grão ou semente para se alimentar, o que traz prejuízos econômicos por causa da redução no peso e também abre uma porta para a entrada de fungos e toxinas. Portanto, interfere também na qualidade do produto”, explica Lorini.

Segundo o pesquisador, este aumento na quantidade de pragas em unidades armazenadoras de soja, deve-se ao maior tempo de armazenagem do produto e à crescente disponibilidade de alimentos para as pragas. A produção brasileira de grãos, nos últimos 10 anos, saltou de aproximadamente 80 milhões de toneladas para cerca de 140 milhões de toneladas, na safra 2009.

“Além disso, até a pouco tempo, os grãos de soja entravam no armazém para o beneficiamento e já eram destinados para exportação ou para o consumo interno. O que observamos é que o tempo de armazenagem da soja tem aumentado, muitas vezes, ocorrendo sobreposição de duas safras”, diz Lorini.

Atualmente só existe um produto registrado para o controle de pragas, à base de gás fosfina, que faz o expurgo dos insetos. No entanto, o maior desafio, segundo Lorini, é a prevenção, “para reduzir o número de pragas ou mesmo prevenir seu aparecimento, recomendamos a higienização de todas as estruturas de armazenagem e também das máquinas e dos equipamentos”, diz.

Este assunto foi debatido nesta quarta-feira na XXXI RPSRCB, que é realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por intermédio de duas unidades de pesquisa: Embrapa Cerrados (Planaltina-DF) e Embrapa Soja (Londrina-PR). Mais informações www.cnpso.embrapa.br/rpsrcb .

As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa.

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