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Pratini anuncia safra recorde de 106,1 milhões de toneladas


No último anúncio de levantamento de safra do atual governo, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, confirmou ontem (10) a previsão de uma produção recorde em 2002/03. A estimativa, informou ele, é de que a safra brasileira de grãos alcance 106,1 milhões de toneladas, com um acréscimo de 9,7% (mais 9,3 milhões de toneladas) sobre a anterior, de 96,7 milhões de toneladas. A área plantada passará de 40,1 para 41,8 milhões de hectares, com aumento de 4,3%, representando 1,7 milhão de hectares.

Os números constam do segundo levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), realizado de 24 a 30 de novembro com 1.380 produtores, empresas de extensão rural, revendedores de insumos e agentes financeiros de 520 municípios das principais regiões agrícolas. Essa estimativa confirma a anterior, que apontava entre 104 e 110 milhões de toneladas. Das 106,1 milhões de toneladas, 45% serão produzidas no Sul, 32% no Centro-Oeste, 13% no Sudoeste, 7% no Nordeste e 3% no Norte.

De acordo com o ministro, as condições para o país alcançar uma nova safra recorde são favoráveis. “Os preços são remuneradores, há disponibilidade de insumos e de recursos para custeio e comercialização. Além disso, o clima também deverá ajudar”, destacou Pratini de Moraes. Mais uma vez, acrescentou, o aumento de produtividade será decisivo para o crescimento da produção de grãos. Segundo ele, o expressivo rendimento das culturas é reflexo dos investimentos feitos em tecnologia e pesquisa.

A soja deverá ser outra vez o destaque da agricultura brasileira em 2002/03. A estimativa é de que a produção salte de 41,9 para 47,5 milhões de toneladas, com um acréscimo de 13,6 %, representando 5,6 milhões de toneladas. A área passará de 16,3 para 17,9 milhões de hectares, com aumento de 9,8%, ou 1,6 milhão de hectares a mais. Já a safra de milho, prevê a Conab, chegará a 37 milhões de toneladas, com um crescimento de 5,1% (1,7 milhão de toneladas) em relação à anterior, de 35,2 milhões de toneladas. A área cultivada atingirá 12,2 milhões de hectares.

A safra de trigo também deverá ter aumento expressivo, saltando de 2,89 para 4,5 milhões de toneladas, com um acréscimo de 55,5%, ou 1,6 milhão de toneladas. A área plantada passará de 2 para 2,3 milhões de hectares, com um incremento de 10,8% ou 225,9 mil hectares. “Com isso, chegaremos perto do ideal, que é produzir a metade dos dez milhões de toneladas de trigo que consumimos anualmente”, disse o ministro. Ele ressaltou ainda que o cultivo de trigo de sequeiro e irrigado está se expandindo no Centro-Oeste e na Chapada Diamantina, na Bahia.

A produção de arroz deve se manter estável, passando de 10,6 para 10,9 milhões de toneladas, com um acréscimo de 2,5% ou 271,3 mil toneladas. A área plantada cairá de 3,23 para 3,21 milhões de hectares (- 0,7%). O algodão terá aumento de 3,5%, indo de 1,24 para 1,28 milhões de toneladas, com uma queda de 4,3% na área (747,7 mil hectares contra 715,4 mil hectares). Já a safra de feijão terá uma redução de 0,5%, saindo de 2,93 para 2,92 milhões de toneladas.

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