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Preço baixo do arroz é principal queixa dos produtores de SC

Apesar de atingir a maior cotação dos últimos três anos, o valor é contestado


Apesar de atingir a maior cotação dos últimos três anos, o preço pago ao produtor pela saca de 50 quilos ainda é o principal motivo de queixa dos produtores de arroz de Santa Catarina. Porém, a redução de 17,2% da produção no Rio Grande do Sul pode trazer um novo alento aos produtores catarinenses do Sul do Estado, com a conseqüente diminuição de oferta no mercado.

Atualmente, a saca de 50 quilos está cotada a R$ 24 na praça do Sul do Estado, e representa a maior remuneração do cereal no país. O valor está longe dos R$ 40 pagos na safra 2001/2002, mas já se afastou dos irrisórios R$ 15 de 2004/05. "O que os produtores não compreendem é como os preços de mercado, regulados pela oferta e procura, não exercem influência positiva sobre os custos de produção", exemplifica o produtor Nésio Machado, 55 anos, que neste ano semeou 40 hectares na localidade de São Gabriel, Forquilhinha, com auxílio do filho Márcio, 25.

Ele explica que há quatro anos pagava R$ 0,60 pelo litro do óleo diesel e vendia o arroz a R$ 40. "Hoje, o óleo está R$ 1,80 e se consegue R$ 20 a R$ 23 pelo arroz". O gerente regional da Epagri de Araranguá, Eclair Alves Coelho, ressalta que após três anos de prejuízos, o produtor está mais consciente. "O pessoal está se adaptando aos novos preços, estabilizados entre R$ 22 e R$ 26", comenta. Segundo Coelho, qualquer diminuição da produção do maior Estado produtor (Rio Grande do Sul) tem impacto sobre preço pago pelo arroz catarinense.

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