CI

Preço da laranja em SP sobe 50% e fica acima da média usual


O preço da laranja de mesa em São Paulo está acima da média registrada no período de entressafra – de janeiro a março – e tende a permanecer em alta mesmo após o início da colheita, entre os meses de maio e junho. Desde o mês passado, o preço pago ao produtor pela fruta avançou cerca de 50% contra o tradicional aumento de 25%, alcançando a cotação de R$ 13 a caixa, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

O aumento acima da média é decorrente da quebra da safrinha de laranja de Sergipe, em função da seca que atingiu a região no final do ano passado, segundo a pesquisadora do Cepea, Margarete Bateon. “Durante a entressafra paulista de laranja, Sergipe abastece o mercado de São Paulo com uma safrinha fora de época, segurando os preços.” Já o valor pago pela laranja destinada à indústria durante a entressafra é muito inferior ao da variedade de mesa, oscilando entre R$ 5 e R$ 8 a caixa.

Segundo Margarete, nesse período a laranja enviada para a indústria de sucos – que ficapraticamente parada – é de baixa qualidade, ou seja, são processadas apenas as frutas que não estão com boa aparência. A produtividade nesta época do no ano é bem menor que na época da safra, quando um pé de laranja chega a render até quatro caixas, se comparado à média de apenas uma caixa no primeiro trimestre do ano.

O único fator que pode desaquecer os preços da laranja de mesa é o início da safra de tangerinas, que inclui variedades como mexerica, murcote e ponkan, a partir de março. Segundo estimativas do Instituto de Economia Agrícola (IEA), a oferta de tangerinas está projetada em 18,8 milhões de caixas.

Quebra de safra

A queda do preço da laranja no período de safra, que aumenta a oferta do produto – por volta do mês de maio – deverá ser menos acentuada este ano, segundo a pesquisadora do Cepea. Tal fato deve ocorrer em função da estimativa do setor de quebra de 15% na safra de laranja do Estado de São Paulo. “As altas temperaturas estão prejudicando os pomares paulistas”, afirma Margarete. A estimativa é de atingir uma safra paulista da ordem de 306 milhões de caixas.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.