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Preço da soja registra alta de 10,4% em uma semana

A elevação repentina é motivada pela compra da oleaginosa por parte da China


Depois de registrar oscilação, o preço da soja comercializada no mercado futuro apresenta reação. No começo da semana, o bushel de soja, equivalente a 27,215 quilos, foi cotado a US$ 10,21 e nesta sexta-feira havia apresentado uma alta de 10,4%, chegando a US$ 11,28. A elevação repentina é motivada pela compra da oleaginosa por parte da China, o que gerou ânimo para os sojicultores do Estado que estão enfrentando várias dificuldades nesta safra, entre elas a baixa no preço e falta de crédito.

O diretor da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Ricardo Tomczyk, afirma que a reação veio em boa hora e a expectativa é que ela não seja passageira, de apenas três dias. "Esperamos que os preços subam para que possamos comercializar com um preço melhor na Bolsa de Chicago", diz ao contar que o mercado futuro é imprevisível e que na quinta-feira os preços subiram consideravelmente, mas que na sexta-feira permaneceu estável.

Tomczyk afirma que se as previsões climáticas para os Estados Unidos se confirmarem, que prevê clima instável para a cultura, os sojicultores mato-grossenses poderão se beneficiar ainda mais, pois os estoques daquele país estão reduzindo e a oferta também será menor. Dados da Aprosoja apontam que nesta safra apenas 5% da produção foi vendida no mercado futuro, número similar ao registrado no ano passado. Estes resultado, conforme o diretor da associação, é motivado pelos baixos preços. Em anos anteriores à crise, o percentual de venda no mercado futuro era bem maior.

Panorama da safra - O diretor da Aprosoja, Ricardo Tomczyk, afirma que para a safra 2009/2010, o principal gargalo continua sendo a falta de crédito, situação que é agravada pela baixa nos preços da commodity no mercado local e internacional. O acesso ao crédito oficial continuará restrito, já que muitos produtores renegociaram dívidas antigas e tiveram o risco aumentado.

A alternativa será recorrer às tradings, que conforme Tomczyk está ofertando crédito, não na mesma proporção de antes da crise, mas que será suficiente. Ele critica no entanto, que a liberação seja feita mais depressa para que agilize o processo, como a compra de fertilizantes, e outros insumos necessários ao plantio.

Milho - Diretores da Aprosoja se reúniram no sábado (01) com o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes para cobrar mais leilões de milho. Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea) apontam que da produção de 7,140 milhões t, 5,223 milhões estão armazenadas no Estado. Nem mesmo as 640 mil t já leiloadas foram escoadas.

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