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Preço do álcool combustível deve diminuir nos próximos sete anos

A projeção é do economista Fábio Silveira, com base em estudo sobre o futuro do mercado de etanol e biodiesel, encomendado pela Fecomercio-SP


O preço do etanol no mercado brasileiro deve cair nos próximos sete anos, em função do aprimoramento dos processos de produção do combustível que estão em desenvolvimento. A projeção é do economista Fábio Silveira, com base em estudo sobre o futuro do mercado de etanol e biodiesel, encomendado pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de São Paulo).


Os resultados, divulgados na terça-feira (19), mostram que, com essa maturação nas técnicas produtivas, o Brasil tende a estar entre os principais produtores de etanol, ao lado dos Estados Unidos, onde a produção projetada é de 56 bilhões de litros.

No Brasil, o volume estimado de etanol produzido até 2015 chega a 52 bilhões de litros, projeção feita com base na velocidade do consumo e no crescimento dos investimentos que o setor tem recebido. A maior produção brasileira deve gerar um "choque de oferta", fazendo o preço do combustível baixar, estima Silveira.

Biodiesel

Para o biodiesel, a projeção indica que a oferta deverá ser triplicada, passando de 1,13 bilhão de litros para 3 bilhões. A maior parte, segundo o economista, será processada a partir do óleo de soja e o restante será dividido entre o óleo e palma, o algodão, a mamona e o girassol.


Fábio Silveira defende que o Brasil precisa de uma política clara sobre a produção do combustível. No período em que a produção deve triplicar - até 2015 - a principal matéria prima continuará sendo a soja, apesar das outras fontes.

Combustíveis e alimentos

O estudo sobre o mercado de biocombustíveis concluiu, segundo a Agência Brasil, que não há risco de escassez de alimentos no mercado internacional, causada pelo avanço das áreas plantadas com cana-de-açúcar para o aumento da produção de etanol, e soja, para produzir biodiesel.

Para Silveira, coordenador da pesquisa, é viável expandir a oferta de álcool combustível e biodiesel sem a necessidade de substituir culturas como a de grãos, por exemplo. Segundo ele, a participação da cana-de-açúcar na agricultura está, atualmente, em torno de 2,5% e ainda há espaço suficiente no território brasileiro para abrigar o crescimento do cultivo de cana, e também do de grãos.

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