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Preço do feijão tem alta de 26% em janeiro

Produto da cesta básica foi o que mais encareceu no mês


Produto da cesta básica foi o que mais encareceu no mês; itens essenciais fechou com 1,12% mais baratos

O preço médio do feijão, produto que não pode faltar na mesa de dez em cada dez brasileiros, subiu mais de 26% em janeiro.

O quilo do grão passou de R$ 2,98 para R$ 3,92, e foi o item da cesta básica que mais encareceu no primeiro mês de 2012, segundo o levantamento realizado pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). "A culpa por esses aumentos em janeiro é das chuvas, que afetaram tanto a produção do feijão, quanto a colheita das batatas [que encareceu 21,36% no período]”, destacou o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto.


Na comparação com o mês passado, porém, a lista de 34 produtos essenciais ficou mais barata. Fechou janeiro cotada a R$ 368,29, ante os R$ 372,47 . Esse resultado, que corresponde ao valor médio apurado ao longo do mês, é 1,12% menor que o valor de dezembro.

Contribuiram para esse resultado a queda nos preços de produtos como a bolacha salgada (o pacote de 200 gramas passou de R$ 1,63 para R$ 1,41), e o quilo da carne bovina de 1ª e 2ª, que baixaram 6,39% e 7,87%, respectivamente. “No caso das carnes, isso é reflexo da queda do consumo e dos altos preços cobrados ao longo de dezembro”, completou De Benedetto.

O resultado só não foi melhor porque, além do feijão e da batata, outros produtos também tiveram alta nesse período. É o caso do quilo do tomate, que passou de R$ 2,88 para R$ 3,13 e a lata de sardinha, que passou de R$ 2,04 para R$ 2,18.

Café da manhã/Produtos comuns na primeira refeição do dia também ficaram mais em conta em janeiro.

Este foi o caso, por exemplo, do café. O pacote de 500 gramas, que era comercializado a R$ 5,86 em dezembro, passou a ser encontrado a R$ 5,55. O resultado só não foi melhor que o do açúcar, que baixou de R$ 2,06 para R$ 1,93 o quilo. Uma retração de 6,12% em 30 dias.

Quedas mais modestas tiveram o pão francês e o leite longa vida integral: 0,61% e 0,64%, respectivamente. O quilo do pão baixou de R$ 5,39 para R$ 5,35. Já a caixa de leite foi de R$ 1,88 para R$ 1,87.

Mesmo caro, nas refeições ele não pode faltar

Para consumidores ouvidos pelo BOM DIA, mesmo com preços altos, a receita é deixar de comprar outros produtos para levar o saco de feijão

Para a maior parte dos consumidores ouvidos pelo BOM DIA, mesmo com a alta nos preços, o feijão é produto que não pode faltar à mesa durante as refeições.“De qualquer jeito eu tenho que comprar. É algo que eu não abro mão durante o almoço ou a janta”, explicou o tecnólogo em redes de computadores André da Silva Dantas, 26 anos.


Opinião semelhante é a da porteira Marilene Alves de Souza, 52 anos. Para ela, a receita é deixar de comprar outras coisas para favorecer o grão. “Deixo de comprar uma bolacha ou algum outro produto só para poder colocar o feijão na panela”, ressaltou.

Quem pensa diferente é a vendedora Maria Betânia da Silva, 43 anos. Para ela, o importante é usar a criatividade na cozinha. “Eu deixo de comprar quando está caro. Preparo uma macarronada, uma sopa ou um risoto. Se alguém reclamar, eu explico que é porque o feijão estava muito caro”, explicou Betânia.

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