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Preço do leite segue em queda mesmo na entressafra

O preço chegou a ser pago aos pecuaristas a R$ 0,75 e atualmente está em R$ 0,71


A queda no preço do litro de leite está sendo encarada com surpresa pelos produtores rurais e laticínios. O preço chegou a ser pago aos pecuaristas a R$ 0,75 e atualmente está em R$ 0,71. Já o litro do produto para o consumidor direto do produtor foi de R$ 1,60 e a partir de amanhã pode custar R$ 1,30. “Não dá para entender essa queda. Os preços deveriam seguir em alta pelo menos até novembro devido ao período de entressafra”, assinala o presidente da Cooperativa Regional dos Produtores de Leite (Coproleite), Leopoldo Villwock.

Ele destaca que a produção de leite continua mesmo com a seca que atingiu as pastagens. “O preço deverá continuar em queda. Leite os agricultores estão produzindo e só estão a espera de preço. Temos leite sobrando e não estamos pegando novos produtores”, pondera. Villwock diz que em função da queda do leite o preço dos derivados também estão caindo. “A mussarela que chegou a custar R$ 10, hoje está em R$ 7”.

No mês de março o litro de leite custava R$ 1,15 para os consumidores. Já em abril subiu para R$ 1,15, maio R$ 1,40, junho R$ 1,50 e por fim R$ 1,60. Já os produtores recebiam R$ 0,45 e no mês passado R$ 0,75.

O leite é um dos principais produtos da agropecuária do Paraná e seu sistema de produção é característico da Agricultura Familiar, a Secretaria da Agricultura do Paraná e a Emater estão empenhadas em fazer um planejamento em longo prazo para o setor leiteiro no Estado para evitar que o crescimento desordenado da cadeia tenha reflexos negativos sobre os agricultores e indústrias.

O projeto vai priorizar a qualificação dos produtores, tecnificação do sistema de produção e a busca de uma cadeia produtiva sustentável, que conquiste um mercado de forma estável e evite as gangorras entre excesso de produção e prejuízos como aconteceram no passado.

Com uma produção de 2,6 bilhões de litros de leite produzidos em 2006, o Paraná está disputando de forma acirrada a segunda colocação no ranking nacional de produção com o Estado de Goiás. A preocupação da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento é conhecer, organizar e fortalecer a cadeia produtiva para evitar crescimento desordenado do setor.

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