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Preço do leite sobe 30% num mês

Aumento da procura por parte da China continua a provocar uma escalada nos preços


O aumento da procura por parte da China continua a provocar uma escalada nos preços das matérias-primas.

O preço do leite já subiu 33,4% desde o início do ano, tendo mesmo, na semana passada, tocado máximos de 30 meses. A impulsionar o preço da matéria-prima está o aumento da procura por parte da China, que promete também fazer subir o preço da maior parte dos alimentos nos mercados internacionais.


Os contratos de leite para entrega em Março subiam 0,43% para 18,86 dólares por cada 100 libras. Já os contratos para entrega em Fevereiro valorizavam 0,41% para negociar nos 17,06 dólares por cada 100 libras, um recorde para este contrato.

Os analistas acreditam que os preços vão manter-se elevados durante os próximos tempos e Andrew Ferrier, CEO do Fonterra Cooperative Group, disse à Bloomberg ser possível que o preço do leite se mantenha 50% acima da média, no longo prazo, tendo em conta o aumento do consumo na China e também o aumento dos rendimentos a nível global.

"Os preços elevados são o novo 'preço normal'", notou aquele responsável.
No mesmo sentido, o preço do cacau segue também a valorizar nos mercados internacionais, enquanto não se dissipam os receios em torno da situação política na Costa do Marfim. Alassane Ouatara, presidente eleito e reconhecido pela comunidade internacional, ameaçou que pediria uma extensão do período de bloqueio às exportações marfinenses enquanto Laurent Gbagbo, ex-presidente do país, se recusa a abandonar o poder.

"A ameaça de Ouatara da possível extensão do período de bloqueio às exportações do cacau marfinense é um sinal de que está desesperado por não ver alterações na arena política" notou Gary Mead, do VM Group, à Bloomberg.

A Costa do Marfim é o maior produtor mundial de cacau e o impasse político tem estado a fazer disparar o preço deste alimento desde as eleições. "Os estragos de um mês de restrições em termos de exportações podem ser mitigados por um bom período de vendas, mas um segundo mês sem exportações vai 'varrer' os ganhos das colheitas", disse Sholom Sanik, do Friedberg Mercantile Group.


As reservas de cacau também estão a descer acentuadamente, com os últimos dados a mostrar que os 'stocks' rondam agora as 86.190 toneladas, um valor que compara com as 132.460 toneladas de duas semanas antes.
Os contratos de cacau para entrega em Março apreciavam 1,2% para 3.537 dólares a tonelada métrica, máximos de três semanas.

Metais seguem sem tendência definida

A queda do regime de Mubarak, no Egipto, e o optimismo em torno da retoma económica estão a fazer os preços dos metais preciosos flutuar nos mercados internacionais. O ouro deslizava 0,01% para 1.356,97 dólares a onça, enquanto a prata apreciava 0,8% para 30,145 dólares a onça. Já a platina disparava 1,2% para negociar nos 1.826,50 dólares a onça.

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