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Preço do milho causa desânimo em produtores de Goiás


A Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg) está preocupada com os prejuízos que ameaçam os produtores de milho, caso os preços do produto continuem deprimidos em todo o país. Em Goiás, onde as cotações variam de R$ 13,00 a R$ 14,00 a saca de 60 quilos, o produtor mal consegue cobrir seus custos de produção, que, segundo levantamento da Faeg, ficaram ao redor de R$ 13,70 a saca. A Faeg está recomendando aos produtores, para que se evite perdas mais graves, cautela na comercialização do produto neste primeiro semestre, visto que a perspectiva é de preços mais remuneradores a partir de agosto.

O analista de mercado da Faeg, Pedro Arantes, afirma que a depressão nos preços se deve, em grande parte, a sinalizações equivocadas que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vem emitindo para o mercado, antes de ter em mãos uma avaliação atualizada da produção, da demanda e das exportações do produto. Segundo ele, a estimativa da Conab é de uma produção de 33,73 milhões de toneladas de milho na safra de verão - 1 milhão de toneladas a menos que na anterior - e de 12,8 milhões na safra de inverno (safrinha), igual à da safra passada.

Pedro Arantes argumenta que essa produção, mais 6 milhões de toneladas do estoque de passagem, somaria 52,53 milhões de toneladas, para um consumo de 39,6 milhões de toneladas e exportações previstas de 5,5 milhões de toneladas. “Esses números sinalizam um excedente de 7,43 milhões de toneladas, contribuindo de forma decisiva para esfriar o mercado e derrubar os preços”, diz. Ele discorda, porém, das previsões da Conab em relação ao milho, apostando que os números reais serão muito diferentes dos estimados pela companhia.

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