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Preço do milho volta a subir

Clima ajuda safrinha, que já vem nos primeiros estágios de vegetativo


Foto: Marcel Oliveira

“O mercado de milho está um jogo de cordas, com clara desvantagem para o comprador, diante da sabida deficiência de disponibilidade de milho interno, dólar alto e forte demanda externa”. A avaliação é dos analistas da T&F Consultoria Agroeconômica.

Além disso, explica os especialistas, há que se dividir o mercado entre pequenos e grandes compradores: “Os pequenos, representados por granjeiros, pequenas fábricas de ração e criadores diretos de animais, com reduzida capacidade financeira e de estocagem, tem que pagar o preço pedido pelo vendedor no mercado spot. Já os grandes, com grande capacidade financeira e de estocagem, além da alternativa de compras no exterior, podem negociar melhor os lotes e pagar menos”.

O Cepea faz a pesquisa sobre todos eles e, por isso, o preço médio voltou a subir nesta terça-feira em Capinas, cerca de 0,16%, elevando o preço médio para R$ 51,69 e o acumulado do Mês para 2,44%. No Paraná os preços estiveram ao redor de R$ 46,00 milho posto fábrica para março/abril e R$ 44,00 para abril/maio também posto fábrica.

No Rio Grande do Sul os preços estiveram ao redor de R$ 47,00/48,00, conforme a localização. Em Santa Catarina, grande consumidora e importadora de milho, os preços giram ao redor de R$ 50,00 posto fábricas, mas sofrendo forte concorrência dos milhos do Mato Grosso do Sul que chegam ao estado de dois a três reais mais baratos.

No Mato Grosso, as vendas de milho se dividem entre o mercado interno para ração e etanol e parte para o mercado externo.O estado é o maior produtor de milho do país. Mesmo com o atraso em relação à safra passada de 11,04 p.p., o processo ganha ritmo e já se distancia quase 11,00 p.p. em relação à média dos últimos cinco anos.

CLIMA

De acordo com a ARC Mercosul, nestes últimos quatro dias chuvas intensas foram registradas no sudoeste de Minas Gerais, centro de Goiás, centro do Mato Grosso, norte do Tocantins e todo o oeste do Rio Grande do Sul: “Estas precipitações são bem-vindas para as culturas de verão que ainda estão em reprodutivo e, também, para as regiões produtoras de safrinha que já possuem milho nos primeiros estágios de vegetativo”. 

“Em linhas gerais, as chuvas desde a última sexta-feira atrapalharam o avanço de colheita em algumas pequenas regiões, entretanto sem afetar o ritmo nacional. Para os próximos 5 dias, precipitações são esperadas sobre todo o estado do Mato Grosso, norte do Mato Grosso do Sul, oeste de Goiás, oeste e norte do Tocantins e oeste do Rio Grande do Sul. Os índices pluviométricos previstos estão num raio de 35-65mm acumulados até o dia 23 de fevereiro”, concluem os analistas.

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