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Preço mais alto do suíno garante resultado do trimestre

No primeiro trimestre, o País comercializou com o exterior 111,1 mil toneladas do produto - volume 6,3% inferior ao ano passado


Os preços mais altos no mercado internacional compensaram a queda nos volumes embarcados de suínos. No primeiro trimestre, o País comercializou com o exterior 111,1 mil toneladas do produto - volume 6,3% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, perfazendo uma receita de US$ 262,6 milhões, 19,43% a mais, na mesma comparação.


"O aumento nos preços das commodities, principalmente do milho, tem de ser repassado. Além disso, há um crescimento do consumo", afirma o diretor da AgraFNP, José Vicente Ferraz. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), no trimestre a cotação do animal valorizou-se 27,46%.

Os resultados do mês de março são melhores que em janeiro e fevereiro, mas piores que no mesmo período de 2007. Em março, o País exportou 42,7 mil toneladas de carne suína - queda de 2,27% - com receita de US$ 102,6 milhões - acréscimo de 29,01%. Os valores praticados pelo produto no mês passado tiveram a maior alta no ano: 32,01%.

Para o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, os números estão "praticamente estáveis" . De acordo com ele, o resultado negativo foi influenciado por compras menores da Rússia, principalmente em janeiro, quando aquele país estaria abastecido por outros mercados. No trimestre, os embarques para a Rússia foram 18,78% menores, somando 34,4 mil toneladas. O primeiro mês do ano, por conta da Rússia, foi o de pior desempenho: 28,9 mil toneladas ou queda de 23,95%.


Na avaliação de Camargo Neto, se o mercado chileno já estivesse aberto, talvez os números fossem diferentes. A estimativa da Abipecs era de embarques mensais da ordem de 4 mil toneladas para aquele mercado. "Se a gente não consegue abrir o país vizinho, fica mais difícil tentar outros mercados", afirma. Segundo ele, não faz sentido o Chile não comprar do Brasil quase um ano depois de a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconhecer Santa Catarina como zona livre de febre aftosa sem vacinação - inclusive já foram feitas vistorias de indústrias catarinenses por parte de técnicos chineses. São mercados potenciais também o Japão, a União Européia, a Coréia, o México, os Estados Unidos e a China - esta última dependendo de uma missão. A não-abertura do Chile estaria ligada com o fato de o Ministério da Agricultura ter detectado um tipo de ácaro inexistente no país em algumas frutas.

Hong Kong, segundo maior importador de carne suína do Brasil, continua sendo o destaque nas exportações do trimestre: aumento de 118,5% na receita e de 51,5% nos volumes - 30,1 mil toneladas - em relação ao mesmo período do ano passado.

Em 12 meses, as exportações de carne suína somaram US$ 1,27 bilhão, resultado 17,8% superior aos 12 meses anteriores. Em volume foram 599 mil toneladas ou 9,4% a mais, na mesma comparação.

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