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Preços agrícolas mais altos vão injetar R$ 10,4 bilhões a mais

A alta nos preços internacionais e uma safra maior devem elevar a receita


Preços agrícolas mais altos vão injetar R$ 10,4 bilhões a mais nas cidades do País. Os preços internacionais das commodities mais altos e uma safra maior devem elevar a receita agrícola dos principais estados produtores do País. Levantamento da RC Consultores mostra que o campo deve injetar R$ 10,4 bilhões a mais na economia brasileira este ano na comparação com a receita agrícola de 2005 - os números consideram apenas a produção de grãos.

Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul serão os estados com maior crescimento na receita agrícola, proporcional ao aumento da safra. "Creio que os números deverão mudar em 2007, impulsionado pelo milho, que será muito utilizado na produção de álcool nos Estados Unidos", acredita Rodolfo Osório de Oliveira, coordenador da assessoria técnica da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg), referindo-se ao valor de produção agrícola.

Para Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Organização e Sindicato das Cooperativas do Paraná (Ocepar), além de redução dos custos de produção - por conta da queda nos preços dos insumos - as cotações da soja e do milho devem ficar acima das registrados em 2006, beneficiados principalmente pelo comportamento da safra americana. A Ocepar já projeta um aumento de 10% o faturamento das cooperativas paranaenses, que encerram 2006 com receita de R$ 16,5 bilhões. As exportações também devem crescer, passando de R$ 870 milhões para US$ 1 bilhão.

A receita agrícola maior pode elevar a arrecadação nos estados. O secretário de Agricultura de Goiás, Odilon Claro Lima, está otimista. Ele acredita que o campo deve aumentar a sua participação na economia do estado. Em Mato Grosso a expectativa é que o recolhimento do Imposto sobre Circualação de Mercadoria e Serviços (ICMS) feche em R$ 3 bilhões, pela primeira vez abaixo da receita efetivada em ano anterior.

Adilton Sachetti, prefeito de Rondonópolis (MT) não acredita em uma retomada rápida da economia, que vá refletir de forma significativa em 2007. "Certamente, a perspectiva de aumento da renda agrícola gerou otimismo. Mas, este será um ano para arrumar a casa", diz.

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