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Preços agrícolas sobem em março

Os preços dos principais produtos agropecuários que influenciam os índices inflacionários do país encerraram março em alta em São Paulo


Os preços dos principais produtos agropecuários que influenciam os índices inflacionários do país encerraram março em alta em São Paulo, maior pólo nacional de consumo desses itens.

Na quinta-feira, o Instituto de Economia Agrícola (IEA) - vinculado à Secretaria de Agricultura paulista - divulgou que seu índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários (IqPR) fechou o mês com variação positiva de 3,75%. Na sexta, foi a vez da RC Consultores divulgar que seu indicador que mede o comportamento das cotações no atacado voltou a subir em março, pelo terceiro mês consecutivo.


No campo, informou o IEA, a maior pressão altista veio dos dez vegetais pesquisados, cuja média ponderada das oscilações resultou em salto de 4,8%. O tomate para mesa, por exemplo, disparou. A valorização de 159,46% em relação a fevereiro foi creditada pelo instituto à entrada no mercado de uma variedade de melhor qualidade em um momento de oferta restrita.

Outras elevações significativas de preços entre os vegetais foram as da laranja para mesa (18,48%), motivada pela demanda aquecida - por causa do calor - em época de entressafra, e da banana nanica (10,57%), atribuída ao reinício das aulas escolares. Também subiram o trigo (5,54%), a cana (0,37%) e a soja (0,36%), e houve recuos para amendoim (21,01%), café (4,48%), milho (1,32%) e arroz (0,26%).

No grupo de produtos animais, no qual a alta média foi de 1,15%, houve variações positivas para carne suína (7,55%), leite C (5,15%), carne bovina (4,09%) e leite B (3%). Caíram, em contrapartida, os valores pagos aos produtores de carne de frango (9,09%) e ovos (0,46%).


Ainda no campo, levantamento do Cepea/Esalq mostrou que, no caso do álcool combustível, os preços das vendas das usinas às distribuidoras recuaram na semana passada. O litro do anidro (misturado à gasolina) registrou queda de 1,55% em relação à semana anterior, para R$ 0,80765, enquanto o hidratado (usado direto nos tanques) teve baixa de 3,14%, para R$ 0,72138.

No atacado paulista, a cesta de 17 produtos pesquisados pela RC encerrou março com ganho de 0,4% sobre fevereiro, com destaques também para o tomate (83,1%), laranja (18,1%), trigo (9,2%), suíno (7,9%), leite B (6,8%), ovos (5,9%), açúcar (4,7%), batata (2,6%), algodão (1,7%) e boi gordo (1,4%). De acordo com a consultoria, as variações negativas ficaram por conta de feijão (10%), frango abatido (9,7%), arroz (7,1%), café (4,6%), soja (3,1%), milho (2,5%) e leite C (0,2%).

Do ponto de vista inflacionária, o alento é que o indicador da RC começa este mês de abril indicando retração média de 2,6%, puxada por laranja e ovos.

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