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Preços agropecuários têm queda de 0,8% no mês

Os preços acumulam baixa devido à forte queda verificada nas carnes


Os preços pagos aos produtores no mês de novembro acumulam baixa de 0,8%, segundo o indicador da RC Consultores, devido à forte queda verificada nas carnes. No entanto, quando comparado com os valores negociados no mesmo período do ano passado, as cotações são 9,1% mais elevadas.

O Índice de Preços Agrícolas no Atacado (IPA) encerrou a semana passada 0,5% inferior ao registrado nos sete dias anteriores. De acordo com a pesquisa da RC Consultores, na semana passada as grandes variações negativas foram registradas no tomate (-12,8%), na carne bovina (- 2,9%), nos suínos (- 2,2%), no arroz (- 2,2%), no trigo (- 2,0%) e no açúcar (- 0,5%). Em relação à semana anterior, as surpresas foram o trigo e o arroz, cujas cotações, até então, estavam em alta. Fábio Silveira, analista da RC Consultores, avalia que os fortes incrementos registrados nos preços destes dois produtos ajudaram na queda. Além disso, no caso do trigo, houve redução nas cotações futuras internacionais e, no do arroz, o leilão de estoques governamentais pode ter influenciado na variação.

No acumulado do mês, a maior queda foi registrada entre as carnes: - 7,9% para os bovinos e os suínos e - 1,8% para os frangos. "Houve maior oferta de produto", explica Silveira. Segundo o diretor da AgraFNP, José Vicente Ferraz, no caso bovino, a oferta é decorrente do clima, que favoreceu a desova de animais. Por outro lado, para os suínos, as exportações foram menores que o esperado.

Outro produto com baixa nos preços foi o açúcar: 1,6%.No entanto, no acumulado do mês, café, arroz e trigo tiveram altas: 1,7%, 13,7% e 1,6%. Todos estes produtos registraram acréscimo em suas cotações devido ao ajuste na oferta. No caso do arroz e do milho, por safras menores. No que tange ao café, apesar de a safra ser maior, houve valorização dos preços porque os cafeicultores estão segurando o produto, comercializando-o de forma mais vagarosa.

Silveira explica que os preços estão mais altos em relação ao ano passado porque o quadro de oferta dos principais produtos agropecuários está diferenciado.

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