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Preços do boi no RS não mostram reação esperada

O preço do boi e da vaca registraram queda, não confirmando a reação esperada para as festas de fim de ano


Afastada as expectativas de estiagem no Rio Grande do Sul, prossegue em ritmo satisfatório o incremento de matéria seca das pastagens, o que deverá refletir-se no aumento da capacidade de suporte nos próximos dias. No geral, o rebanho está em bom estado nutricional, exceção feita às vacas com cria em campos mais rasos, na região da fronteira, que estão em uma condição um pouco inferior, devido a sua maior demanda alimentar.

Estão se mantendo os excelentes índices de reprodução, resultado que aponta para uma renovação e crescimento do plantel no futuro. O preço do boi e da vaca gorda registraram queda, não confirmando a reação esperada para as festas de fim de ano. A expectativa agora é que uma reação positiva ocorra a partir de meados de janeiro, quando normalmente acontece uma redução na oferta de animais para abate.

Abate

Dando continuidade a apresentação de parte do estudo realizado pelo engenheiro agrônomo Luiz Ataides Jacobsen da Emater/RS, no que se refere ao abate de bovinos no Estado, destacamos que em 2005, conforme dados do IBGE, foram abatidas 1.955.886 cabeças. Já, no primeiro semestre de 2006, foram abatidas 990.701 cabeças, representando um acréscimo de 13,46% sobre o mesmo período do ano anterior. Este crescimento do número de animais abatidos fica mais evidenciado a partir de 2003 e se acentua nos dois anos seguintes.

Jacobsen, no estudo, destaca que o número de vacas abatidas em 2000 representava 25,77% do total de abates no Estado, e que no triênio 1997/99, foram abatidos, em média, 1.407.361 bovinos por ano, e as vacas representavam 32,17% do total. Este percentual cresce um pouco nos dois anos seguintes e atinge 36,09% em 2003, para chegar a 43,00% em 2004. Há um pequeno recuo em 2005, quando o número de vacas responde por 42,44% da totalidade de animais abatidos. No Brasil, no triênio 1997/99, as vacas chegaram a 27,04% dos bovinos abatidos e em período mais recente (2003/05) a média ficou em 34,30% dos bovinos abatidos.

De 2002 a 2005, o total de abates no Brasil cresceu 40,69%, enquanto o abate de bois aumentou 13,20%, o de vacas cresceu 115,55%. No Rio Grande do Sul, a totalidade de abates, no período, evoluiu 90,51%, mas o crescimento entre bois e vacas também não foi homogêneo, pois enquanto a primeira categoria cresceu 60,57%, a segunda disparou com 160,72%.

Jacobsen conclui que na proporção de animais abatidos e, sobretudo, no caso de fêmeas, o Estado gaúcho ficou bem acima da média nacional, mesmo quando as estatísticas do IBGE refletem processamento em empresas formalmente estabelecidas. Os dados aparentemente demonstram que houve um descarte de fêmeas, o que de certa forma se confirma devido à retração na oferta de animais para terminação e sua conseqüente valorização. As informações são da assessoria de imprensa da Emater/RS.

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