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Preços do feijão continuam com ganhos

O mercado de feijão carioca encerrou a última semana do setembro com uma média de preços superior à da semana anterior. A oferta continua enxuta e a demanda vem se mantendo em níveis normais


O mercado de feijão carioca encerrou a última semana do setembro com uma média de preços superior à da semana anterior. A oferta continua enxuta e a demanda vem se mantendo em níveis normais para este período do mês.

Na média diária da semana foram ofertadas 630 toneladas na Bolsinha, com demanda para 50% deste total. Segundo o analista Élcio Bento, isso mostra que a quantidade disponível em relação à procura foi superior à da semana anterior. Na semana passada, foram ofertadas 474 toneladas, com demanda para 82%. Comparado ao início do ano, no entanto, as pontas de oferta e demanda estão muito mais ajustadas.

"Para se ter uma idéia, no primeiro quadrimestre do ano o percentual de negócios ficava sempre abaixo 30% da oferta", afirmou o analista. Na média da semana, a saca do tipo extra novo foi cotado a R$ 128,50 na Bolsinha, com alta de 8,2% em relação à semana passada. Em relação ao mesmo período do mês passado, a valorização é de 20% e, comparado ao mesmo período do ano passado, a cotação atual é 61% maior.

De acordo com Bento, o ajuste entre as pontas de oferta e demanda será mantido até meados de dezembro, com o ingresso da safra das águas 2007/08. Então, os preços seguirão com viés de alta. Este comportamento só não será verificado se houver uma resposta do lado da demanda.

Arrefecimento:

Com os preços acima de R$ 120 por saca na Bolsinha, a procura no varejo deve arrefecer, obrigando o mercado a encontrar uma média de preços na qual o consumidor esteja disposto a comprar. Nas lavouras, o feijão continua bastante escasso e já chegaram a pagar até R$ 125 por saca para o carioca extra.

"Na virada do mês é esperado que o mercado opere com valor acima de R$ 130 por saca. Existe uma expectativa entre compradores e corretores de que será muito pequena a oferta inicial da safra 2007/2008, que deve começar no mês de novembro e poderia normalizar o mercado. O problema da menor oferta é causado pelas perdas sofridas devido às condições climáticas e troca por outras culturas que se encontram com mercado aquecido. Caso realmente ocorra essa redução na oferta inicial, o mercado deverá continuar bastante firme até dezembro", completou o analista.

No mercado de feijão preto, sempre que há ingresso de grãos do tipo extra novo, os preços recuperam. Por isso, a esperada recuperação nos preços só não é mais consistente em virtude desta escassez de produto de qualidade superior.

A pedida dos vendedores para o tipo extra na Bolsinha chegou até R$ 95 por saca, mas o valor máximo obtido foi de R$ 91. Mesmo assim, este patamar é 22% superior ao de igual período do mês passado e 53% acima do mês de setembro de 2006. O viés das cotações segue sendo de alta.

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