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Preços dos grãos disparam em Chicago


O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga hoje (12-05) seu relatório mensal de oferta e demanda em meio à grande expectativa do mercado. Acredita-se que o levantamento mostre mais uma redução dos estoques finais de soja dos Estados Unidos. Os baixos estoques de passagem vêm mantendo os preços em alta e foram apontados como os principais responsáveis pela disparada dos preços dos grãos na última sexta-feira na Chicago Board of Trade (CBoT). A alta começou pela soja, que subiu 2,2%, e contaminou os mercados de trigo, com alta de 7,5%, e milho, com 3,9%. Os contratos do milho atingiram a maior alta em seis meses e os do trigo, o mais elevado patamar desde fevereiro deste ano.

O mercado prevê os estoques americanos de soja em 3,5 milhões de toneladas, suficientes para apenas 25 dias de consumo. O volume é 38,1% inferior ao do ano passado e 11,2% menor que o previsto no relatório anterior, do mês de abril. Embora o movimento tenha sido eminentemente especulativo, compras realizadas pelas esmagadoras de soja confirmaram a expectativa de que a demanda continua firme. Os contratos da soja para julho fecharam a 638 centavos de dólar por bushel, os do trigo a 321 centavos e os do milho, a 252 centavos.

A alta acabou puxando também as cotações do farelo e do óleo de soja. O contrato do farelo para julho subiu 2,4%, para US$ 195,60 por tonelada curta, e o do óleo para o mesmo mês operou em alta de 2,7%, cotado a 22,55 centavos de dólar por libra-peso. O mercado de óleo foi favorecido pela alta das cotações da palma; historicamente, palma e soja são competidores diretos no mercado asiático de óleos comestíveis.

No trigo, os preços subiram em razão da ocorrência de chuvas nas áreas produtoras. Embora a situação não seja alarmante, a umidade poderá facilitar o surgimento de doenças nas lavouras. Pela primeira vez o USDA divulgará sua estimativa paras as culturas de inverno de 2003, assim como as primeiras projeções de oferta e demanda para 2003/04. No ano passado, a safra americana foi prejudicada pela ocorrência de seca e sofreu forte redução. As chuvas também estão prejudicando o plantio de milho no meio-oeste americano. Acredita-se que parte das lavouras serão replantadas, a exemplo do que ocorre em anos anteriores. Hoje o USDA também divulgará seu relatório semanal de andamento do plantio. A previsão é que entre 65% e 70% da safra americana foi semeada.

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