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Preços paulistas sobem 7,92% na primeira quadrissemana do mês

Altas mais expressivas ocorreram com tomate, cana-de-açúcar, feijão e leite


Dos 18 produtos pesquisados, oito apresentaram alta de preços

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede o preço pago ao produtor rural, subiu 7,92% na primeira quadrissemana de junho, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Foi puxado pelo índice de preços dos produtos de origem vegetal que apresentou alta e 13,22%. Já o índice de preços dos produtos de origem animal caiu 5,22%.


Dos 18 produtos pesquisados, oito apresentaram alta de preços (seis de origem vegetal e dois de origem animal), enquanto 11 sofreram queda (sete de origem vegetal e quatro de origem animal). Quando a cana-de-açúcar é excluída do cálculo, os índices gerais e de produtos vegetais passam a ter também variação negativa, ou seja, de respectivamente 3,38% e 1,62%, é o que explicam os pesquisadores Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti, José Alberto Angelo e José Sidnei Gonçalves.

As altas mais expressivas ocorreram nos preços do tomate para mesa (46,98%); da cana-de-açúcar (24,11%); do feijão (19,00%); do leite B (6,22%) e do leite C (5,50%). A menor oferta do tomate de mesa, decorrente das chuvas e temperaturas acima da média na primeira metade de maio, provocou perdas do produto, que numa conjuntura de demanda aquecida gerou a elevação dos preços, dizem os autores da análise.

Já o expressivo aumento verificado nos preços da cana-de-açúcar, na entrada da nova safra, é explicado pelos preços do açúcar e principalmente do álcool (anidro e hidratado), que na entressafra tiveram majorações significativas. Os pesquisadores do IEA afirmam que passada essa fase de ajuste, as variações devem voltar à normalidade.


Quanto ao feijão, consolida-se a tendência de alta, dada a perspectiva de oferta menor que a demanda nos próximos meses, mostra a análise. Isto já precifica a ocorrência de escassez que vigorará até a entrada da colheita dos primeiros plantios de inverno.
No caso dos leites B e C, a redução da quantidade e da qualidade das pastagens reflete na menor oferta dos produtos, o que tem pressionado as cotações para cima, dizem os analistas. O aumento maior para o Leite B, o que não é comum neste período do ano, deve-se ao fato de o aumento do custo das rações (os produtores de leite B são mais dependentes de insumos como milho e soja, que tiveram altas significativas nos últimos 12 meses).

As quedas mais relevantes foram verificadas nos preços do algodão (28,03%); da laranja para mesa (16,75%); dos ovos (12,96%); da carne suína (12,14%); da carne de frango (10,51%) e da banana (6,91%).

A íntegra da análise está disponível neste link. http://www.iea.sp.gov.br/out/LerTexto.php?codTexto=12151

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