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Prefeito de Tunápolis (SC) decreta situação de calamidade pública em razão da crise na suinocultura


O prefeito de Tunápolis, no Extremo-oeste de Santa Catarina, Arno Müller, decretou ontem (06-05) situação de calamidade pública no interior do município em função da crise na suinocultura. Segundo ele, o segmento é a segunda maior fonte arrecadadora de impostos, perdendo, por uma pequena margem, apenas para a avicultura. "Os reflexos já aparecem no comércio e a prefeitura está arrecadando menos." O decreto será remetido hoje ao secretário da Agricultura do Estado, Moacir Sopelsa, e também ao Ministério da Agricultura.

O vice-prefeito do município, Pedro Armindo Kessler, um dos grandes criadores de suínos de Tunápolis, confirma que a crise é insustentável. De acordo com ele, os suinocultores estão há mais de um ano trabalhando no vermelho e tem produtor dizimando todas as matrizes para fugir dos custos de manutenção. "Só conseguiu sobreviver até agora quem tem produção própria de milho, mesmo assim vai dar para agüentar por mais dois meses apenas", prevê.

A situação é tão grave que a Cooperativa Agropecuária de Itapiranga (Cooperita), que compra e negocia a maior parte da produção do município, está mandando técnicos às propriedades para solicitar aos produtores que reduzam o plantel de suínos pelo menos em 50%.

Um dos principais itens que pesam no bolso do agricultor, o milho, teve uma alta de aproximadamente 50% entre março de 2002 e de 2003. A alta no preço do suíno, no mesmo período, de cerca de 25%, foi insuficiente para compensar o crescimento dos custos. Segundo o Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Icepa), ontem, os produtores da região estavam recebendo R$ 1,69 por quilo.

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