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Prejuízo com greve dos fiscais já ultrapassa US$ 53 mi no RS

Mais de 80 mil t de produtos já estão represadas na fronteira


Ao contrário do anunciado, a greve dos fiscais federais agropecuários começa a represar cargas com produtos perecíveis nos postos de fronteira do Rio Grande do Sul. Mesmo com 30% da categoria atuando, nem todos os lotes estão sendo liberados. "Fazemos uma avaliação das condições de armazenamento e o que pode esperar mais alguns dias, não é fiscalizado", admite o presidente da Associação dos Fiscais Federais Agropecuários do RS (Afama/RS), José Castilhos. A mobilização reteve, em dois dias, 80 mil toneladas, ou 53,2 milhões de dólares. As cargas incluem carnes, frutas, madeira, trigo, tabaco, arroz, couro e cebola.

Após audiência, nessa terça-feira (19-06), no Ministério do Planejamento, a comissão nacional da greve confirmou que a manifestação poderá não parar na sexta-feira, como o previsto. "Se o governo insistir em não apresentar nada de concreto, não haverá outra solução", diz o diretor da Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa), Mário Lopes.

Segundo a Afama, a maior concentração de lotes não fiscalizados está em Rio Grande e Uruguaiana. Contudo, a Superintendência do Porto de Rio Grande nega impacto na movimentação. Mesmo assim, funcionários de terminais admitem mudança no trânsito. Em Uruguaiana, mais de 3 mil caminhões estão parados no Porto Seco Rodoviário. A espera pela vistoria de cargas perecíveis passou de seis para 18 horas. A situação não é mais grave em razão das empresas terem traçado uma logística prévia, diz o despachante aduaneiro Paulo Estivalet. No porto ferroviário há 26 contêineres com 500 toneladas de farinha de trigo e 11 vagões com 500 t de arroz. Em São Borja, 20 caminhões aguardavam liberação.

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