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Prêmio Nobel se diz preocupado com “pandemia da fome” 

Covid-19 foi bastante prejudicial para muitos países


Foto: Pixabay

Para diretor executivo do Programa Alimentar Mundial (PAM), que acabou de receber o prêmio Nobel da Paz, existe uma forte preocupação com uma eventual “pandemia da fome” causada pelos efeitos da covid-19.  “Devido a muitas guerras, mudanças climáticas, ao uso generalizado da fome como arma política e militar - e a uma pandemia global que está a tornar tudo exponencialmente pior - 270 milhões de pessoas encaminham-se para a fome”, alertou David Beasley.  

“Não atender às suas necessidades causará uma pandemia de fome que obscurecerá o impacto da covid-19”, defendeu, em declarações transmitidas a partir da sede da agência da ONU, em Roma. “Este Prêmio Nobel da Paz é mais do que um agradecimento, é um apelo à ação”, disse Beasley, sublinhando que “a fome está às portas da humanidade” e “a comida é o caminho para a paz”, completou.  

Nas últimas semanas, o PAM expressou preocupação com o risco de fome no Burkina Faso, no Sudão do Sul, no nordeste da Nigéria e no Iémen. Isso porque, neste país, a desnutrição, já em níveis recorde, deverá piorar ainda mais devido à pandemia e à falta de fundos. 

“O PAM representa exatamente o tipo de cooperação e compromisso internacional de que o mundo tanto precisa hoje”, indicou o presidente do comité, Berit Reiss-Andersen. 

Embora os laureados com os Nobel sejam tradicionalmente premiados numa cerimónia grandiosa, agendada sempre para 10 de dezembro - em Oslo pela paz e em Estocolmo para as outras temáticas (Literatura, Medicina, Física, Química e Economia), a pandemia do coronavírus estragou a festa deste ano. 

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