Prêmio para soja nos portos tende a subir

As cotações da soja tiveram na sexta-feira (23.03) um dia de baixas no mercado físico brasileiro, em linha com as perdas registrada na Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, em média os preços desceram 0,18% nos portos e 0,15% no interior do País.

O analista da T&F Luiz Fernando Pacheco, porém, projeta que o cenário mais provável para a oleaginosa brasileira é de aumento dos prêmios nas vendas para exportação. Ele ressalta que já subiram 32% no acumulado do ano, e essa situação deverá se manter durante toda esta temporada, se não houver fato novo expressivo.

“Os prêmios subiram no Brasil para todos os meses: para embarque em maio os prêmios de exportação subiram 13 cents/bushel no dia; para junho subiram 11 cents/bushel; para julho, subiram 10 cents/bushel no dia; e o prêmio de agosto está em 115 sobre Chicago, alta de 24 cents no dia. O Dólar subiu pouco, apenas 0,28% nesta sexta-feira”, alista Pacheco.
 
O analista chama a atenção para outro fator: “Os embarques de farelo de soja da Argentina, cujos relatórios estranhamente o governo do país até agora não publicou, passados dois meses e meio do novo ano comercial. Se os volumes forem os mesmos do ano passado, serão um fator de alta no mercasdo internacional; se forem iguais (por usar soja paraguaia e brasileira) o mercado internacional não sentirá falta e isto terá pouca influência nos preços”. 

FUNDAMENTOS 

De acordo com os mapas climáticos analisados pela AgResource o padrão climático para o Brasil é de que as chuvas se gener­alizem sobre as principais regiões produtoras: “No entanto, uma massa de ar quente de alta pressão continua afastando a chegada e formação de no­vas precipitações sobre o estado de Minas Gerais e o norte de São Paulo”.