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Presidente da CNA defende melhoria dos instrumentos de gestão de risco na agropecuária

Afirmação foi feita nesta quarta-feira (26/10) durante a abertura do 2º Seminário Nacional do Projeto Campo Futuro


Afirmação foi feita nesta quarta-feira (26/10) durante a abertura do 2º Seminário Nacional do Projeto Campo Futuro

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, defendeu o aprimoramento de instrumentos de gestão de risco da atividade agropecuária, como seguro rural e o mercado futuro, para garantir ao produtor rural rentabilidade e mitigar prejuízos. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (26/10), em Brasília, durante a abertura do 2º Seminário Nacional do Projeto Campo Futuro. “É clara a necessidade de um sistema de gestão condizente com a importância do setor para a economia do País”, destacou.

O seminário apresenta o resultado dos levantamentos de custos de produção realizados em 2016 pela CNA, federações de agricultura e pecuária, sindicatos rurais, entidades de pesquisa e universidades. O projeto Campo Futuro apura informações  sobre diversas culturas em importantes regiões produtoras, onde são feitas reuniões para o levantamento dos custos de produção. Neste ano, foram realizados 147 encontros para coletar dados sobre a produção característica de 60 municípios em 20 estados. Foram realizados também nove eventos chamados “Dia de Mercado” para discutir a situação da produção agropecuária em todas as regiões do país, com a participação de mais de mil produtores.  

O presidente da CNA lembrou que, na safra 2015/2016, os produtores enfrentaram dificuldades muito maiores em relação às safras anteriores, principalmente em decorrência do fenômeno climático El Niño, que provocou quebra de produtividade e produção, reduzindo a capacidade de pagamento dos produtores e aumentando o endividamento. Neste contexto, ressaltou, o Projeto Campo Futuro tem sido uma ferramenta de auxílio aos produtores para orientá-los no dia a dia, fornecendo informações estratégicas para aprimorar a gestão de suas propriedades e capacitá-los para lidar com os riscos.

Na avaliação de João Martins, a melhoria do processo de gestão da atividade rural – acrescida do maior acesso ao seguro rural e a outros instrumentos de garantia de renda – pode ajudar o produtor a lidar com adversidades como intempéries climáticas. Desta forma, o Campo Futuro mostra a preocupação da CNA e dos produtores com o desafio de prever problemas e dificuldades futuras. “Num ano em que observamos forte elevação nas taxa de juros do crédito agrícola e dos custos de produção, a CNA assumiu um importante papel ao apresentar propostas de melhorias dos instrumentos de mitigação de risco”, completou.

Martins disse, ainda, que o Campo Futuro credencia o produtor rural a pleitear políticas públicas em função dos coeficientes técnicos e econômicos gerados com as informações apuradas no projeto: “O Campo Futuro se consolidou pela simplicidade e seriedade com que foi feito”, explicou. Para o secretário de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), José Dória, que representou o ministro Blairo Maggi, a iniciativa serve de exemplo e deve ser compartilhada por órgãos públicos para fortalecer as ações do governo voltadas para o campo.

 

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