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Presidente defende redução dos subsídios dos EUA

O Governo brasileiro defende que esse é um dos fatores necessários para o avanço da Rodada de Doha


Poucas horas antes da chegada do presidente norte-americano, George W. Bush ao Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nessa quinta-feira (08-03) a redução dos subsídios "nefastos" dados pelo Governo dos Estados Unidos aos agricultores americanos.

O Governo brasileiro defende que esse é um dos fatores necessários para o avanço da Rodada de Doha. Lula disse ainda que sem acordo na área comercial que possibilite o desenvolvimento dos países mais pobres, não será fácil combater a pobreza e o terrorismo.

"Se não houver acordo para possibilitar uma chance aos países pobres do planeta nós não iremos combater com muita facilidade nem a pobreza, nem a fome e muito menos o terrorismo", disse.

Para a conclusão da Rodada de Doha, iniciada em 2001 e que deveria ser concluída em 2004, Lula pediu a flexibilização do acesso ao mercado agrícola europeu. Em troca, Brasil e os países do G-20 fariam um oferta melhor para o acesso aos produtos industriais e serviços.

"Está na hora de uma decisão política. Queremos que a União Européia flexibilize o acesso ao mercado agrícola dos países mais pobres. E nem falo do Brasil, que tem competitividade na área agrícola. O que nós queremos é que os Estados Unidos diminuam os subsídios, tão importante para os agricultores norte-americanos mas tão nefastos para o livre comércio", disse.

A solicitação foi feita ao presidente da Alemanha, Horst Köehler, que está em visita oficial ao País. Lula prometeu conversar sobre o mesmo tema com o colega americano hoje.

"A Rodada de Doha representa a única chance para atacarmos esses males (pobreza e a fome) em escala mundial", completou Lula. Para Köehler, a conclusão da Rodada de Doha é uma prioridade para o Governo alemão.

"Há muita insegurança no globo. É preciso emitir um sinal e confiança e o comércio internacional é capaz de cooperar. É realmente preciso nos contrapormos ao terrorismo com desenvolvimento comercial e combatermos a pobreza", disse.

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