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Pressão para reverter corte no seguro

Fundo de Catástrofe espera solução


Bancada ruralista, entidades representativas do campo e de seguradoras além do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, tentam reverter o corte de 31,2% sobre a subvenção do prêmio do seguro rural a ser contratado pelos agricultores brasileiros na safra 2012/2013. O plantio terá largada no segundo semestre e a pressão sobre a área econômica objetiva garantir, pelo menos, a manutenção da verba destinada para esta finalidade no ciclo passado, de R$ 253 milhões. Com o corte generalizado, o montante caiu para R$ 174 milhões. O governo federal subvenciona de 30% a 70% do valor segurado, índice que oscila de acordo com a cultura.


Mendes Ribeiro Filho pretende conversar com a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, sobre as disponibilidades orçamentárias. Na visão do ministro, os benefícios da expansão do seguro justificam a destinação de mais recursos, visto que os produtores podem quitar seus compromissos junto a bancos e fornecedores, mantêm sua classificação de crédito, podendo investir, e, principalmente, conseguem capital para plantar a próxima safra.

Segundo o deputado Luis Carlos Heinze, esse é o primeiro passo para se chegar, no futuro, a R$ 2 bilhões para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, o que permitiria abranger 60% da área de produção de grãos no país. Ele argumenta que hoje apenas 60 mil produtores contratam seguro privado e outros 500 mil estão amparados pelo Proagro. Pouco, se considerado o universo de 5 milhões.

Outros problemas a serem solucionados e que travam a expansão do seguro é a liberação na época certa e a ativação do Fundo de Catástrofe. Heinze reclama que o fundo, instituído há dois anos, ainda não dispõe de recursos que o viabilizem. Pela lei, ele teria parceria público-privada para garantir às empresas seguradoras cobertura extra em casos excepcionais com as secas de 2005 e 2012.


O efeito multiplicador na economia

Dos 4,5 bilhões de custeio contratados pelos gaúchos na safra 2011/2012, R$ 2 bilhões foram tomados junto aos bancos. O restante foi custeado com recursos próprios ou dinheiro emprestado por cooperativas, cerealistas e revendas, montante sem cobertura de seguro. Isso causa um efeito multiplicador no comércio local a cada advento climático que prejudica o campo.

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