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Prestígio da seda no exterior garante lucro ao pequeno produtor

Os pequenos produtores do Paraná produziram 7.141 toneladas de casulos na safra 2006


Os pequenos produtores, que formam o maior contingente dos criadores do bicho-da-seda no Paraná, produziram 7.141 toneladas de casulos na safra 2006, contra 6.405 toneladas na anterior, um acréscimo de 11,5% no volume da produção e um ganho no preço de 3,16%. O preço médio alcançado foi de R$ 6,29 por quilo. A receita proporcionada pela atividade foi de R$ 45 milhões, considerando toda a cadeia agroindustrial.

O expressivo ganho de produtividade proporcionou o bom resultado. Maior número de sericicultores adotou novas tecnologias, informa o gerente da Câmara Técnica do Complexo da Seda, José Carlos Morosini Zaia, também técnico da Secretaria da Agricultura.

Para alguns analistas, a razão do sucesso não se deve apenas aos ganhos de produtividade. Cada dia mais, a seda brasileira ganha prestígio no mercado internacional. Os lenços e gravatas Hermés, que custam entre 300 a 400 dólares cada, usam 100 % da seda brasileira por causa de sua qualidade. O setor de confecções italiano também é um cliente importante do Brasil.

A China domina este mercado com 76% da produção mas com uma seda do tipo classificado como de 3A para baixo e que vai até D, a de pior qualidade. Outro grande produtor é a India. O Brasil está na quarta posição, nesse ranking, atrás do Vietnã. A seda brasileira é classificada de 4A a 6A , a melhor que existe.

Outra vantagem da produção nacional é que aqui pode-se obter até 10 "safras" por ano de casulos, enquanto que nos outros países, um máximo de quatro. Assim, a atividade dá ao pequeno produtor uma renda quase que mensal e, por isso, o crescimento da adesão.

O maior importador da seda brasileira é o Japão perto de 60% da produção - e lá ela é utilizada para a confecção dos famosos quimonos. O Brasil só absorve perto de 5% da seda que produz.

Liderança paranaense

O Paraná é responsável por 88,69% da produção nacional destinada integralmente à exportação. Em 2005, a participação paranaense foi de 89,63%. A redução da área média dedicada ao cultivo do bicho-da-seda pelos produtores mostra que a atividade está cada vez mais ligada à agricultura familiar.

A atividade, desenvolvida em 231 municípios, é financiada com recursos do Pronaf que vem viabilizando a expansão da atividade. Segundo José Carlos Morosini Zaia, "a área média do produtor na safra anterior era de 3,32 hectares e, nesta safra, houve redução de 35%, com a área média de 2,15 hectares por produtor".

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