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Previsão de 2ª safra de milho do Paraná recua 5,8% após geadas, diz Deral

Dados do Deral também apontaram redução nas previsões de safras de café, cana e trigo no Estado


A segunda safra de milho do Paraná, segundo maior produtor do cereal no Brasil, foi estimada nesta quinta-feira em 11,4 milhões de toneladas, queda de 5,8 por cento ante a previsão de maio, após as lavouras terem sido impactadas por geadas no início deste mês, informou o Departamento de Economia Rural (Deral) do governo paranaense.

Os dados do Deral também apontaram redução nas previsões de safras de café, cana e trigo no Estado. O Paraná, maior produtor do cereal do Brasil, estima a safra de trigo deste ano em 3,4 milhões de toneladas, ante 3,47 milhões de toneladas na previsão de maio. A safra de cana deverá ficar em 50,8 milhões de toneladas, ante 51,6 milhões anteriormente.

O Deral ainda informou que a produção de café deverá cair para 65,8 mil toneladas, ante 67,3 mil toneladas estimadas em maio. "O potencial (de produção de milho) era de 12,9 milhões de toneladas, mas teve chuva excessiva, depois seca e calor em abril e depois geada", afirmou o economista Marcelo Garrido, do Deral.

"A perda pela geada ainda não foi totalmente contabilizada", ressaltou. O Deral deverá fazer novos ajustes quando divulgar as próximas estimativas nos meses seguintes.

Segundo o analista de grãos Carlos Cogo, a queda no Paraná veio em linha com o que o mercado estava esperando, mas vai colaborar para que a produção total da chamada safrinha do Brasil fique abaixo da marca de 50 milhões de toneladas, ante cerca de 60 milhões esperadas no início do ano.

Os problemas climáticos acabaram ampliando um aperto de oferta de milho no Brasil, após produtores terem exportado grandes volumes entre o final do ano passado e o início de 2016. Preços subiram fortemente para níveis e afetaram margens dos produtores de frangos e suínos.

No momento os valores do milho estão despencando com o avanço da colheita. Caíram 16 por cento só na semana passada. Cancelamentos de negócios de exportação também estão pressionando os preços do cereal no mercado interno.

"O Brasil perdeu competitividade para a Argentina e os Estados Unidos no mercado exportador, devido aos altos preços. As tradings estão cancelando exportações, colaborando para elevar os volumes que ficam disponíveis no mercado interno", disse Cogo.

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