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Previsão indica instabilidade em boa parte do Brasil

A terça-feira também deve ser marcada por chuvas e nebulosidade


Foto: Arquivo

Nesta segunda-feira (25/01), os ventos em altos níveis, associado a Alta da Bolívia e o Vórtice Ciclônico de Altos Níveis, que está centrado entre o norte de MG, oeste da BA e TO, mantêm as condições do tempo no centro-norte do Brasil. Além disso, a presença do Jatos de Baixos Níveis, os famosos rios voadores, transportam uma grande quantidade da região amazônica para o centro sul do país.

Na região norte, o calor e umidade em superfície em conjunto com as instabilidades provocadas em grandes altitudes, são os fatores que contribuem para formação de chuvas volumosas. O destaque da região fica para a região de Purus no AM e regiões próximas à Porto Velho, capital de RO, onde os acumulados podem ultrapassar os 50 mm. A atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) mantém a condição de tempo instável com potencial para chuva forte na faixa litorânea do AP e norte do PA. As chuvas serão menos intensas no norte de RR, na região do Baixo Amazonas e sudoeste do estado do PA. No TO, o tempo segue sob a atuação de uma massa de ar seco, devido ao posicionamento do centro do VCAN, porém não se descarta a ocorrência de temporais isolados e mal distribuídos no estado devido ao aquecimento diurno.

No nordeste, as instabilidades em altitude provocadas pela atuação do VCAN, somadas a umidade transportada pela ZCIT, favorecem as chuvas no MA, onde os acumulados podem superar os 30 mm, no norte do PI, e de forma mais isolada no estado do CE. Do sul da BA ao o RN, o tempo segue com variação de nuvens, porém sem condições para chuvas significativas. E ao oeste da BA e centro sul do PI o tempo fica firme.

No centro-oeste, a interação entre a Alta da Bolívia e o VCAN, combinados com a termodinâmica e o fluxo de umidade transportada pelos jatos de baixos níveis, favorecem as pancadas de chuva de moderada a forte intensidade ao longo do dia, em especial ao sul do MS, e regiões adjacentes ao Alto Araguaia no MT. Entretanto, no norte do estado do GO, o tempo segue sob a atuação da massa de ar seco concentrada próximo ao centro do VCAN.

Na região sudeste, as instabilidades nos níveis mais altos da atmosfera, em conjunto com o calor em superfície favorecem a formação de temporais isolados em regiões do centro norte de MG, que podem ser pontualmente fortes. As instabilidades no estado de SP serão provocadas por perturbações em níveis médios da atmosfera, cerca de 5 km de altitude, somadas ao forte calor, característico dessa época do ano, e ao fluxo de umidade disponível. Os acumulados mais significativos ficarão no litoral sul do estado de SP, podendo ultrapassar os 30 mm.

Na região Sul, a grande quantidade de umidade transportada da amazônia pelos jatos de baixos níveis e a presença de um cavado (região alongada de baixa pressão) mantém o tempo instável e com poucas aberturas de sol, principalmente no PR e SC, com chances de chuvas a qualquer momento do dia. Essas instabilidades devem se fazer presentes no estado do RS, porém na forma de pancadas de chuva no centro norte do estado. Os acumulados podem chegar na marca dos 50 mm pontualmente em regiões do norte do RS ao PR.

Na terça-feira (26/01), um novo cavado mais intenso vai provocar instabilidades em áreas da Argentina, Uruguai e reforçará a chuva em pontos do RS. Na quarta-feira (27/01), este cavado ainda dará origem a um ciclone próximo à costa Gaúcha, que pode trazer chuvas significativas para as regiões do RS. Neste dia, a instabilidade ocorre em áreas do sul de MS, oeste e sul da Região Sul. A instabilidade não tem grande deslocamento, ficando mais confinadas sobre o centro-sul do Brasil. Enquanto isso, a massa de ar seco volta a atuar de forma mais significativa sobre o setor leste do Brasil, o que diminui as chances de pancadas de chuva mais generalizadas em boa parte do Sudeste, exceto no sul de SP. Além disso, com a formação e atuação da frente fria, o fluxo em baixos níveis será direcionado mais para o setor oeste e sul do país, mantendo a chuva mais significativa entre o oeste de MS, sul e oeste de MT. Conforme o sistema avança em direção ao PR e sul de SP, a instabilidade no interior do país também se direciona mais para a faixa central.
 

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