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Primeira agroindústria familiar de vinho colonial do país é inaugurada em Bento Gonçalves

Empreendimento, que recebeu o número de registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no mês passado


A Piccola Cantina, primeira de várias agroindústrias familiares de vinhos coloniais que deverão surgir na região da Serra e no Estado, foi inaugurada na tarde desta segunda-feira (05/02), em Bento Gonçalves. Situada na Linha Ferri, no distrito de Faria Lemos, e pertencente a Auri e Diva Flâmia, o empreendimento, que recebeu o número de registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no mês passado, está apto a comercializar até 20 mil litros de vinho colonial por ano, produzidos com uvas próprias, em feiras, cooperativas ou na propriedade, utilizando apenas o talão de produtor rural para a emissão de notas, sem a necessidade de abrir uma empresa. 

Durante a solenidade, que contou com a presença de diversas autoridades, a gerente regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, Sandra Dalmina, destacou que a inauguração do empreendimento só foi possível graças à união de várias entidades (Emater/RS-Ascar, Ibravin, Embrapa Uva e Vinho, Mapa, Seapi, SDR, Ufrgs e Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), que vêm trabalhando no projeto do vinho colonial desde 2010, com o resgate e qualificação do produto, aprovação da Lei do Vinho Colonial (lei 12.959/2014) e orientação para adequação às exigências legais. Sandra lembrou também que o RS está à frente de outros estados nesse processo por possuir o Programa Estadual de Agroindústria Familiar (Peaf), que viabilizou a lei federal (Lei do Vinho Colonial) para permitir a venda da bebida com o talão de produtor. “Além de estarmos regularizando as cantinas, estamos mantendo a história e a arte de fazer vinho, uma tradição dos imigrantes italianos”, salientou. 

“A gente vê no vinho colonial um espaço pra valorização do agroturismo, do enoturismo e das cadeias curtas, que permitirão dar competitividade para o vinho brasileiro, a viabilização de rotas turísticas, a venda direta, a valorização do local, da região, do ‘terroir’, acrescentou o chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho, Mauro Zanus.

Para o secretário estadual do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Tarcisio Minetto, a agroindústria é uma oportunidade de diversificação e renda para a família, que também beneficia o município, a região, o Estado e todos os brasileiros. “É uma pequena cantina, mas que será grande em termos de produtos e qualidade”, ressaltou. 

O secretário municipal de Desenvolvimento da Agricultura, João Carlos da Silva, que representou o prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, destacou o apoio da Prefeitura na legalização das agroindústrias, por meio da lei municipal das agroindústrias, da realização do Festival Nacional do Vinho Colonial e do empenho junto às instâncias federais. 

Para a agricultora Diva Flâmia a inauguração do empreendimento familiar os engrandece como agricultores. “É um momento muito alegre conseguir realizar um sonho de muitos anos e poder deixar uma coisa melhor pras nossas filhas no futuro. É uma renda a mais, que a gente consegue agregar um valor maior ao nosso produto, e a gente se sente mais valorizado com isso”, afirmou a produtora. Ela também agradeceu o incentivo e apoio da Emater/RS-Ascar e de todas as entidades envolvidas, que possibilitou a concretização desse projeto.

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