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Primeiro grupo de ATeG em palmito pupunha do Brasil nasce em Minas Gerais

O primeiro grupo de palmito pupunha do Brasil no Programa de ATeG acaba de ser criado em Inhapim


Foto: Divulgação

O primeiro grupo de palmito pupunha do Brasil no Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG acaba de ser criado em Inhapim, região leste de Minas Gerais. A reunião de sensibilização para os pioneiros desse segmento foi feita esta semana no município, com a parceria do Sindicato dos Produtores Rurais de Caratinga e apoio da Prefeitura municipal.

Produtores e parceiros acompanharam a apresentação das diretrizes do trabalho, feita pelo gerente regional do Sistema FAEMG/SENAR/INAES em Governador Valadares, Luiz Ronilson Araújo Paiva. Eles também conheceram a técnica de campo que vai acompanhá-los pelos próximos dois anos, a bióloga Leila Sampaio Gomes – que também é produtora de pupunha na região -, sob supervisão de Mírian Grossi, também do ATeG.

Cultura promissora

De acordo com a analista técnica e coordenadora do ATeG Vegetal, Nathália Rabelo, a maior parte dos participantes já está produzindo e colhendo. “A pupunha é uma cultura em que o palmito já pode ser colhido a partir de um ano e meio de plantio. É uma cultura que está sempre produzindo, sempre vigorosa”, explicou. Segundo o mobilizador do Sindicato, Wagner Teixeira, a região conta com cerca de 80 produtores de pupunha e a ansiedade para a ATeG é grande. “Estamos com ótimas expectativas para essa iniciativa, acreditamos que vai dar muito certo”, afirmou.

A secretária de agricultura de Inhapim, Nádia Rocha, comenta que o município ganha muito com a adesão dos produtores ao Programa ATeG. "Isso gera mais diversificação das atividades econômicas, mais produção e mais renda para os participantes e, consequentemente, para a cidade". Nádia também é produtora de pupunha e acrescenta que, agora, o que a região necessita são mais agroindústrias voltadas para a iguaria.

O prefeito de Inhapim, Márcio Elias de Lima e Santos, e o vice-prefeito, Sandro Adriano Oliveira Silva, também estiveram na reunião. Marcinho, como é mais conhecido, disse estar feliz por ver o engajamento dos produtores contribuir para resgatar o projeto da Secretaria de Agricultura da cidade de fortalecer a cultura da pupunha. “Hoje estamos tendo a oportunidade de, junto com o Sistema FAEMG, melhorar ainda mais isso. E isso só é possível se houver confiança e credibilidade de vocês [produtores] em apostar na ideia, no conhecimento”.

O palmito pupunha na região

O incentivo à produção de palmito pupunha já tinha sido tentando antes, em projetos de prefeituras da região para diversificação da atividade econômica. No entanto, as iniciativas fracassavam porque, sem conhecimento adequado dos tratos culturais, os produtores perdiam a plantação e desistiam do negócio.

Em dezembro de 2018 o Sistema FAEMG realizou o primeiro curso relacionado à cultura na região: Trabalhador da Exploração de Pupunha / Implantação e Tratos Culturais, feito em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Ipatinga e ministrado pelo instrutor Milton Edgar Flores.

É ele quem também conta que, em 2020, o Banco do Brasil abriu um crédito exclusivo para produtores de pupunha, o que também incentivou o desenvolvimento da cultura. Mas ainda é necessário mais: “são cerca de 20 hectares de plantações de palmito pupunha na região, mas a demanda da agroindústria é muito maior, seria necessário triplicar a produção”, analisa.

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