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Problema no pasto aumenta gasto com ração animal


Os produtores de leite do Paraná estão refazendo suas contas após a seca. Com o problema de crescimento dos pastos e a tendência de valorização das cotações da soja e do milho – principais componentes da ração animal – os pecuaristas estão sendo obrigados a gastar mais do que o previsto com a nutrição dos animais. A esperança do setor é que os preços do produto também se valorizem assim que a redução da produção seja consolidada. “A ex­­pectativa de aumento do preço existe, mas sem previsão real do mercado”, diz Haroldo Farinon, que há 11 anos trabalha com leite. Atualmente, Farinon recebe R$ 0,80 por litro pago pela empresa Laticínios Novo Horizonte, onde entrega a sua produção. Dono de 250 hectares plantados com milho, o produtor se prepara para utilizar parte da produção para suprir o consumo interno de ração dos animais. Mesmo assim, ele calcula que o custo de produção será elevado em 15%.


O presidente da comissão de bovinocultura de leite da Faep, Ronei Volpi, acredita, no entanto que se ocorrer o desequilíbrio do setor, onde a oferta não acompanhe a demanda, o preço do leite pode sofrer reajuste para cima “O impacto é grande. A alta do leite pode ser acima da inflação”, destaca Volpi. Também existe a possibilidade de que o consumidor final pague parte do aumento da conta em função dos problemas gerados pelo fenômeno La Niña

Responsáveis pelo recebimento e remuneração dos volumes de leite, as indústrias de laticínios sinalizam “o aumento do custo precisa ser absorvido pelo produtor”, alerta Eldo Lauro Ber­­ger, gerente do departamento de pecuária da Cooperativa Batavo, no Campos Gerais.

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