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Problemas na Argentina abrem oportunidades

Redirecionamento da demanda internacional pode vir para o Brasil


As cotações da soja tiveram na quarta-feira (07.02) mais um dia de ganhos nos preços do mercado físico brasileiro, independente da realização de lucros verificada na Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, em média os preços subiram 0,29% nos portos e 0,85% no interior do País.

Segundo o analista da T&F, Luiz Fernando Pacheco, apesar da forte alta do dólar nesta quarta-feira (mas também por causa disto) e os prêmios da soja brasileira caíram em Paranaguá e subiram em Santos. 

“Com a possibilidade cada vez maior de fortes quebras de safra da Argentina (o USDA não admitirá isto nesta quinta) maior exportador mundial de farelo e óleo de soja, as indústrias brasileiras estão percebendo uma excelente oportunidade para assumirem este vácuo e escoarem os seus subprodutos, também no mercado internacional”, diz ele. 

Para Pacheco, há dois fatores beneficiando o Brasil: “A curto prazo, existe a greve de caminhoneiros, que impede o embarque de grãos e subprodutos na Argentina. Já no médio e longo prazos, com o redirecionamento da demanda internacional de óleo e farelo para o Brasil”.

“O principal problema das indústrias é o escoamento do farelo, já que as fábricas de ração brasileiras estão reduzindo os seus pedidos. Mas, se conseguirem elevar as exportações este problema ficaria parcialmente resolvido. O mesmo se diga do óleo, que já teve um aumento da demanda via uso como componente do biocombustível no Brasil e que poderá ver aumentada a demanda de exportação a médio e longo prazos. Tudo isto fortalece a posição das indústrias esmagadoras”, conclui.
 

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