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Processamento de alimentos pode auxiliar saúde humana

“Os alimentos processados têm mais vida de prateleira, preservando grande parte de suas características nutricionais"


O uso de produtos processados e ultraprocessados pode tanto auxiliar a saúde humana, quanto prejudica-la, portanto não deve ser analisado com uma posição generalizada. Foi isso que informou o professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Antonio José de Almeida Meirelles, em uma entrevista para o portal aviculturaindustrial.com.br. 

“A discussão que estabelece um vínculo entre problemas de saúde e alimentos processados é equivocada. O processamento de alimentos pode tanto auxiliar a saúde humana, como, em casos particulares, reduzir o seu benefício. Não se pode ter uma posição genérica em relação a isso. Vou te dar um exemplo. A fortificação do sal com iodo é benéfica para a saúde das pessoas. Isso é uma forma de processamento”, comenta. 

Outro exemplo citado pelo especialista é o licopeno, que é um importante antioxidante encontrado no tomate. Segundo ele, o licopeno é muito melhor absorvido pelo organismo humano quando está presente em produtos processados do que in natura. Outro bioativo importante é a isoflavona, presente na soja, que tem um impacto positivo na saúde, principalmente de mulheres na menopausa. 

“Os alimentos processados têm mais vida de prateleira, preservando grande parte de suas características nutricionais. Não tenho dúvidas que são um dos grandes responsáveis pela redução dos problemas alimentares no mundo. Problemas esses que são grandes ainda”, indica. 

Para finalizar, ele discordou da utilização da terminologia “ultraprocessados”, já que esse termo tem tido uma má receptividade. “Ela foi adotada dentro de uma proposta de tabela nutricional que, ao invés de classificar os vários tipos de alimentos por seus compostos nutricionais e pelo nível de biodisponibilidade deles no organismo humano, optou por classifica-los de acordo com o grau de processamento adotado em sua fabricação. Cientificamente isso é equivocado”, conclui.

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